Quando a bola rolar no Beira-Rio para o primeiro jogo decisivo do Gauchão 2021, no próximo domingo (16), uma nova Era começará no Grêmio. Pela primeira vez em quase cinco anos o clube terá pela frente um clássico Gre-Nal sem a presença de Renato Portaluppi na casamata.
A última vez que o Tricolor encarou o maior rival sem seu grande ídolo à beira do campo foi no dia 3 de julho de 2016, pelo primeiro turno do Brasileirão. Em partida às 11h, o time treinado por Roger Machado contou com gol de Douglas para ficar com a vitória na casa do rival.
Com Renato, o Grêmio viveu uma de suas melhores fases recentes em clássicos. Foram 20 Gre-Nais disputados em sua terceira passagem como técnico do clube, com nove vitórias, oito empates e apenas três derrotas. Além disso, conduziu o clube ao seu terceiro maior período de invencibilidade contra o Inter na história, com 11 jogos sem derrota.
Dos 20 jogos, 11 foram disputados na Arena, oito no Beira-Rio e um no Centenário, em Caxias do Sul. As três derrotas foram registradas na casa colorada, aumentando a série invicta em Gre-Nais na Arena para sete anos. Foram 19 gols marcados pelo Grêmio e 10 pelo Inter.
A missão a partir do próximo domingo será de Tiago Nunes, que chega ao jogo com apenas seis partidas à frente da equipe. Além da importância do clássico, terá em disputa a taça de campeão gaúcho e a possibilidade de conquista do tetracampeonato estadual, que o Grêmio não consegue há mais de 30 anos.
— É uma oportunidade e um risco ao mesmo tempo. Risco diminuído porque o novo técnico começou o trabalho com muitas vitórias. Gre-Nal, porém, é sempre chance de consagração ou afirmação de um treinador. O efeito Renato, me parece, não existe mais seja para garantir vitória ou induzir derrota. O Grêmio resolveu bem o nó da saída de um técnico que também é estátua — opina Mauricio Saraiva, comentarista do Grupo RBS.