A importância dada para o jogo desta quarta-feira (14) já se expressa nas capas dos jornais. Enquanto para o Grêmio, tricampeão continental, o duelo é tido como vital para as pretensões tricolores para o restante da temporada, pela ótica do Independiente del Valle, trata-se de uma chance para reafirmar o grande momento vivido pelo clube — além de uma premiação significativa nos cofres.
Pelo menos, é assim que os jornais equatorianos projetam a partida de volta da terceira fase da Libertadores, na Arena, que fica totalmente em segundo plano, já que o foco do país está na repercussão das eleições presidenciais, realizadas no último domingo.
Em sua manchete, o jornal El Comercio destaca o valor que o clube classificado à fase de grupos irá receber da Conmebol: "US$ 3 milhões (R$ 17,1 milhões) estarão em jogo". Além disso, frisa que os "rayados", como são conhecidos, tentarão repetir ou até superar sua melhor atuação no torneio. Em 2016, chegaram à final, mas foram derrotados pelo Atlético Nacional de Medellín, da Colômbia.
No jornal Expreso, há referência ao outro apelido, mais recente, dado ao Independiente del Valle: "Mata gigantes". A matéria recorda a campanha construída há cinco anos, quando os equatorianos deixaram para trás três campeões da América: Colo-Colo, na fase de grupos, River Plate, nas oitavas de final, e Boca Juniors, na semifinal. Por isso, o título da reportagem sentencia que o clube está "atrás de outro histórico golpe".
Por fim, o diário Extra traz outra preocupação do povo equatoriano, fazendo um trocadilho mórbido com a covid-19: "Independiente del Valle busca frear a 'cepa brasileira'". O texto recorda que o governo local impediu que o duelo de ida fosse disputado em Quito, por conta dos testes positivos no elenco gremista (Vanderson e Paulo Victor), e cita que mais jogadores foram acometidos pelo coronavírus, ficando de fora do segundo compromisso, em Porto Alegre — Victor Ferraz, David Braz e Diogo Barbosa.