Ultimamente, quando se aproxima um clássico Gre-Nal, há uma preocupação generalizada em que seja mantido um certo nível de cordialidade entre os participantes. Já faz algum tempo que isso tem sido mantido. A liberdade de zoar o adversário, seja por quem for, somente tem ocorrido após a realização do clássico. E essa flauta ocorre dos dois lados historicamente.
Nos dias atuais, depois dos jogos, o Grêmio tem aproveitado a invencibilidade momentânea e flauteado o adversário. Mas repito, antes dos jogos, há um respeito mútuo, sem nenhum tipo de provocação. Na minha maneira de acompanhar futebol e especialmente no período que antecede um Gre-Nal, sem ser ofensivo, o treinador colorado deu uma declaração que me pareceu visivelmente uma provocação aos atletas jovens gremistas.
No Inter, não há meninos marrentos, sendo fácil trabalhar, disse o profissional colorado. Não há dúvida que há uma referência implícita aos meninos gremistas. Pois quero dizer que foi uma declaração infeliz. Talvez Abel esteja desacostumado de enfrentar a semana de um clássico Gre-Nal. Esse tipo de provocação é totalmente desnecessária. Transfere a seus próprios jogadores a obrigação de serem vencedores, diante de supostos jovens marrentos.
Tenho certeza absoluta que o Grêmio saberá aproveitar essa soberba, que os jovens tricolores entrarão em campo dispostos a mostrar seu futebol e se esforçarem para manter a invencibilidade.
