A final da Copa do Brasil 2020, marcada para fevereiro de 2021, será a quinta decisão de uma competição de expressão que o Grêmio disputará sob a gestão de Romildo Bolzan. O presidente, que já conquistou ela em 2016, a Libertadores em 2017 e a Recopa Sul-Americana de 2018, se diz "realizado" por mais uma classificação.
— Me sinto realizado, todos nós do departamento de futebol. Lutamos muito para que isso acontecesse. Comissão técnica e jogadores foram brilhantes hoje (quarta, 30), em um jogo extremamente estudado e jogado — comentou, na entrevista coletiva, já na madrugada do último dia do ano, após o empate em 0 a 0 com o São Paulo.
Assim como na janela de transferência que levou Everton, os rumores sobre uma possível saída de Pepê voltaram à mesa do dirigente. Bolzan garante que não há interesse de Real Madrid, nem de nenhum outro clube que tenha se manifestado oficialmente. A janela de janeiro, no entanto, pode colocar os holofotes europeus no atacante gremista.
— Se o Pepê sair, se houver proposta, vai ser lá no final de janeiro. Agora não temos nenhum time oficialmente interessado. Veremos lá para frente — disse Romildo, acrescentando que a reposição para o setor já está no elenco, em caso de eventual saída: — Temos alternativas importantes que darão continuidade à nossa capacidade de competir.
Saúde financeira na pandemia
A classificação trará pelo menos mais R$ 22 milhões aos cofres da Arena. Quando a pandemia interrompeu as competições e fez o futebol voltar sem a arrecadação das bilheterias, Romildo projetou cenários drásticos para o futuro de curto prazo. Na coletiva após o empate com o São Paulo, o presidente voltou a reforçar a importância das contribuições feitas pelos sócios na retomada financeira da indústria da bola pós pandemia.
— Quando parou tudo em março e fizemos o planejamento para voltar meses depois, claro que a ideia era deixar o Grêmio sólido sem nos comprometermos demais para 2021. Conseguimos ter sucesso nessas políticas, o que foi implementado foi realizado. Isso deu uma situação de controle e segurança financeira. Claro que houve a venda do Everton, que foi importante para isso, mas não podemos esquecer que estamos competindo — avaliou, satisfeito.
Renato mais um ano?
A tranquilidade segue quando o assunto é a renovação de Renato. O técnico mais longevo do futebol brasileiro tem vínculo com o Tricolor gaúcho até fevereiro, quando a temporada termina. Não há garantias de que a parceria continuará na casamata do Humaitá pela sexta temporada seguida, além da boa relação entre presidente e treinador.
— A questão do Renato sempre tratamos quando chega mais para o fim. Não tem dúvida que havendo o desejo recíproco, e há, isso se resolve rapidamente — garantiu, elogiando a capacidade de recuperação de ambiente que o comandante tem após eliminações sofridas.