O Grêmio chegou a cinco partidas sem vitórias no Brasileirão após a derrota para o Sport, na noite desta quinta-feira (3), na Arena. O time treinado por Renato Portaluppi venceu apenas na estreia da competição, contra o Fluminense, também em Porto Alegre, em 9 de agosto. Desde então, foram quatro empates consecutivos até o primeiro revés dentro do torneio.
GZH levantou os cinco motivos para a Tricolor ter sido surpreendido em casa diante do adversário pela sétima rodada do Campeonato Brasileiro.
1) Insistência com Thiago Neves
Tendo a 14º aparição na temporada 2020, o camisa 10 segue sem corresponder o voto de confiança recebido pela comissão técnica, que ainda aposta em sua recuperação. Escalado como meia de articulação, não teve grandes momentos na armação da equipe, mas apareceu como elemento surpresa na área nordestina para tentar finalizações. No entanto, todas foram desperdiçadas.
— O Thiago Neves tem se dedicado nos treinos, tem treinado bem e teve a oportunidade de começar a partida. Na minha visão, ele tem muito mais a dar, mas praticamente todas as chances do Grêmio no primeiro tempo foram com ele — resumiu o treinador.
2) Falta de pontaria
Na entrevista coletiva depois do resultado adverso, Renato defendia o repertório ofensivo gremista no confronto: 31 oportunidades criadas. O problema é ter conseguido apenas um gol — e quando o jogo já estava em 2 a 0 para o adversário. Para o técnico, é uma questão de momento:
— O problema é que vivemos em um país onde você só é bom quando ganha, e quando perde é ruim. Eu passo tranquilidade para o grupo, e daqui a pouco tudo voltará ao normal — argumenta Renato.
3) Erros defensivos
Os ídolos Geromel e Kannemann ficaram expostos pela necessidade de atacar. O gol cedo é apontado como fator determinante para o cenário da partida. Porém, o erro na elaboração da linha de defesa, que tentou forçar o impedimento de Patric no primeiro gol, e recomposição tardia no contra-ataque do Sport renderam os gols do adversário:
— Infelizmente, sofremos um gol no começo de uma equipe muito bem montada. Souberam se defender e, em um contra-ataque, fizeram o 2 a 0 — avaliou o técnico.
4) Bola aérea
Na temporada 2020, pela boa fase apresentada por Diego Souza, o Grêmio passou a apostar na bola aérea como recurso. No entendimento da comissão técnica, é uma boa alternativa para quebrar as retrancas adversárias no Brasileirão. Porém, não tem surtido efeito. Na derrota, foram 55 tentativas de cruzamentos com 41 erros.
— O Grêmio tem feito mais cruzamentos porque temos um grande cabeceador na área, que é o Diego Souza. Isso é natural do futebol. O Grêmio cria por cima, por baixo, por tabela — defende Renato.
Ausência de Maicon
Não contar com o volante de 34 anos também altera o estilo de jogo gremista. Bom passador e ritmista da equipe desde 2015, o ex-capitão colabora para cadenciar as ações durante os confrontos. Porém, pela idade avançada, é cada vez mais natural que ele não atue em todos os jogos. Diante do Sport, não esteve à disposição por dores musculares, mesmo motivo que fez com que ficasse no banco na final do Gauchão, contra o Caxias.