O volante Maicon defendeu nesta sexta-feira (7) as provocações que fez ao Inter nas suas redes sociais após a vitória no Gre-Nal da última quarta (5). Segundo o jogador, a flauta deixa o futebol mais divertido. O atleta afirmou ainda que os jogadores colorados também eram adeptos das cornetas quando venciam os clássicos, mas, de acordo com o meio-campista, agora é a vez do Grêmio tocar flauta.
— O nosso rival fez muito isso. Aí, agora que é a nossa vez está errado? Agora é a nossa vez. Então, tem que aguentar, não tem jeito. Futebol é assim. Sabemos que têm muitos vídeos e fotos de coisas que eles faziam quando ganhavam. Isso é do futebol, e tem que ter. Na hora que ganharem da gente, também podem brincar. Tirar onda faz parte do futebol — declarou Maicon, em entrevista coletiva virtual.
O jogador lembrou também que as provocações entre os jogadores sempre fizeram parte do futebol, especialmente nos anos 1990. Para o atleta, a zoeira "abrilhanta" e dá mais emoção ao jogo.
— O futebol sempre teve essas questões. Era isso que fazia com que o futebol ficasse emocionante. Tínhamos Romário, o nosso professor Renato e tantos outros, como Edílson e Vampeta. Tenho muitos amigos jogadores e ex-jogadores que mandam mensagens dizendo que há muito tempo não viam isso acontecer, que o futebol estava ficando chato. Enquanto estivermos ganhando, vamos provocar e proporcionar essa alegria para o torcedor. Acho que isso abrilhanta o futebol também — completou.
Em mais de um momento da entrevista, Maicon ponderou que, antes da atual hegemonia do Grêmio em Gre-Nais, os jogadores do Inter também provocavam quando venciam.
— A rivalidade sempre vai existir. Quem ganha tira onda e provoca. Por um tempo, isso existiu no lado do nosso rival também. Eles tiravam onda, pegavam caixão e xingavam o clube — disse.
O volante foi questionado também sobre as brigas e confusões entre os jogadores de Grêmio e Inter que marcaram pelo menos os três últimos Gre-Nais.
— Sempre entramos para jogar o melhor futebol e ganhar, sem arrumar confusão. A relação que tem é profissional e de respeito. São companheiros de profissão. Somos pais de família e espelho para outras pessoas. Sem dúvidas as coisas têm de ser resolvidas dentro de campo jogando futebol e não da maneira que aconteceu nos últimos. Aqui ninguém é lutador de boxe ou de jiujítsu. Entramos para jogar futebol — finalizou.