Um foi contratado para ser a solução dos problemas ofensivos do Grêmio. Já o outro buscado como alternativa de mercado sem custos. O primeiro não rendeu o esperado na passagem pelo Tricolor, enquanto o segundo já fez gols decisivos e é titular absoluto do técnico Renato Portaluppi. André e Diego Souza possuem trajetórias distintas em Porto Alegre.
Adquirido por mais de R$ 8 milhões em 2018 junto ao Sport, André foi uma convicção da direção. Após uma negociação arrastada, assinou contrato até o final de 2021. Os vencimentos mensais do jogador ex-Santos, Atlético-MG, Vasco e Corinthians ultrapassavam os R$ 300 mil. Com isso, apenas em salários, o centroavante recebeu cerca de R$ 7,2 milhões. Foram 74 aparições até o rompimento do vínculo, com apenas 11 gols assinalados.
Diego Souza foi contratado em janeiro sem grandes alardes. Livre no mercado e tratado como um negócio de ocasião, não gerou custos e assinou um vínculo de produtividade. A base salarial do contrato se aproxima de R$ 200 mil. Até o momento, o artilheiro do clube na temporada possui nove gols em 13 duelos.
Num simples comparativo, sem contabilizar a repactuação realizada pela crise financeira do coronavírus ou investimento pela aquisição, cada gol de André gerou um custo aos cofres do Grêmio de R$ 655 mil — a este valor, poderia ser somada a quantia da aquisição e o valor acertado entre as partes para a rescisão contratual amigável. Já para cada bola guardada na rede por Diego Souza, o gasto é de R$ 175 mil.