A liberação para retorno do Gauchão ainda em julho, que o governo do Estado deverá determinar no final da tarde desta quinta-feira (9), foi recebida como boa notícia pelo presidente do Grêmio, Romildo Bolzan. O dirigente, no entanto, alertou que o nível do futebol que os times poderão apresentar estará longe do que o torcedor se acostumou a ver, em razão do longo tempo parado.
— Nós paramos quatro meses. Para um esporte de alto rendimento é muito coisa. Tenho para mim que o ano de futebol está perdido. Não espero um rendimento logo, penso que será progressivo. Ele terá de ser atropelado, já que a CBF planeja o Brasileirão para agosto e terminando em fevereiro. Isso tudo com Copa do Brasil e ainda a possibilidade de ter a Libertadores logo ali na frente — projetou Romildo, durante participação no programa Sala de Redação.
Apesar das ressalvas quanto à qualidade de jogo que os clubes apresentarão, Romildo comemorou que o Gauchão possa recomeçar ainda em julho para servir também como preparação para o Brasileirão.
— É um marco do retorno, da volta do futebol, do recomeço da normalidade da vida. Nós vivemos futebol e ele tem um significado muito especial. Esse marco parece que vai desencadear tudo. Temos o Brasileirão logo ali na frente em 9 de agosto. O Gauchão vai começar e terminar rápido. Será interessante para preparar o time para o que vem pela frente — disse o presidente gremista.
Nesta quinta-feira (9), a CBF anunciou seu calendário para o Brasileirão e da Copa do Brasil, sem contar com previsão de retorno das competições continentais. Romildo ainda vê dificuldade no cenário sul-americano, mas acredita que o formado da Libertadores será mantido com jogos nos países de origem da cada clube.
— Não creio que seja possível alterar a Libertadores porque já foi vendido o produto dessa forma. O que teremos é de compatibilizar datas com as competições sendo disputadas juntas. Vejo com muita dificuldade o retorno da Libertadores para uma data próxima, pois em muitos países do continente os campeonatos vão voltar apenas em setembro. O problema é que cada federação nacional faz o seu campeonato sem pensar nas outras competições. Então tudo deverá se acomodar no calendário — concluiu.