Todos os clubes foram afetados pela crise financeira gerada pela pandemia de coronavírus. Para continuar com as finanças estáveis, o Grêmio buscou uma solução: realizou empréstimos bancários para ter fluxo de caixa durante a ausência no calendário esportivo. O montante recebido pelo clube foi de R$ 20 milhões, segundo o presidente Romildo Bolzan.
— Pegamos R$ 10 milhões em março e R$ 10 milhões recentemente — admite o mandatário.
Nos primeiros três meses de 2020, o Tricolor teve superávit. O resultado do segundo trimestre ainda não foi revelado, mas há expectativa de que as contas sigam no azul. De acordo com o CEO gremista, Carlos Amodeo, os recursos adotados dão tranquilidade nas finanças nos próximos meses:
— A prioridade é assegurar a estabilidade financeira do clube a curto e médio prazos. Fizemos uma série de renegociações de valores para 2021 e até 2022. Seja venda de atleta ou transação de algum jogador que não está mais conosco, ou mecanismo de solidariedade. O recurso será utilizado para o equilíbrio do nosso fluxo de caixa e custeio das nossas atividades essenciais — disse Amodeo a GaúchaZH recentemente.
Um ponto salientado internamente é que ter superávit não significa estar com dinheiro sobrando. Por isso, a medida de garantir empréstimos bancários foi adotada pelo clube para seguir girando o dinheiro e manter as contas em dia.
A expectativa é conseguir quitar todos os compromissos nos próximos meses a partir da retomada do calendário do futebol brasileiro. Com os retornos do Gauchão e Libertadores e início do Brasileirão, além de negociações de venda de atletas, o Grêmio espera pagar os valores dentro do prazo estipulado.