Definitivamente, não estou entre aqueles que entendem que o goleiro de time grande deve ter pelo menos mais de 30 anos. O argumento básico de quem defende esta tese é a experiência. Não tenho dúvidas de que um goleiro experiente agrega a sua equipe. Mas, na minha modesta visão, há outros fundamentos que, somados, superam o quesito experiência.
Cito apenas um deles: qualidade técnica superior. O Grêmio, atualmente, possui três goleiros próximos dos 35 anos, um deles, inclusive, recém-contratado. Tem na reserva, sem chances de jogar, o jovem Brenno, e mais ainda, no grupo de transição, um outro goleiro, aclamado por quem faz as convocações das seleções brasileiras de base, onde é titular, que é o Phelipe Megiolaro.
É um mistério o que acontece com esse profissional. Não tem a menor chance de sequer postular uma vaga no elenco principal do clube. Fala-se em emprestá-lo, para que possa adquirir experiência. Ora, sempre a tal experiência. Léo Jardim era um jovem que mal foi testado, não aprovou, sendo afastado e vendido para a Europa, onde faz sucesso.
Sem preconceito com jovens
O que acontece com Phelipe Megiolaro? A avaliação sobre ele, aparentemente, não é boa dentro do clube. Ao que consta, já tem 21 anos e precisa ser testado nos profissionais. Quero apenas lembrar que com jovens ditos inexperientes — Danrlei, Murilo, Marcelo Grohe —, o Grêmio conquistou grandes títulos. Não sou contra o goleiro experiente, mas não tenho nenhum preconceito com os jovens, muito pelo contrário.