Preocupada com o impacto financeiro da pandemia de coronavírus, a direção do Grêmio analisa alternativas para renegociar os vencimentos dos atletas nos próximos três meses. A ideia que geraria mais alívio aos cofres seria uma redução salarial de 25%. No entanto, há outras possibilidades cogitadas.
Logo após a paralisação do futebol, em março, o clube estabeleceu um plano de contingência para os meses de abril, maio e junho, com uma série de corte de gastos. Após um acordo entre a direção e o grupo de atletas, o pagamento dos direitos de imagem relativos a este período foi adiado para 2021. No entanto, os salários permaneceram a ser pagos de forma integral.
Agora, o presidente Romildo Bolzan Júnior e o Conselho de Administração elaboram um segundo plano de contingência, para os meses de julho, agosto e setembro. Uma das medidas será uma nova negociação com os atletas. A hipótese mais extrema é uma redução salarial de 25%, que dependeria de um acordo entre a direção e o elenco. Porém, esta não é a única ideia estudada.
— Estamos avaliando todas as alternativas e ações que podemos implementar. Tudo isso está em debate no Conselho de Administração e deve ter definição nos próximos 10 dias. A negociação dos vencimentos dos jogadores não é a única medida em debate — afirma o CEO do Grêmio, Carlos Amodeo.
Conforme apurado por GaúchaZH, outra possibilidade é realizar uma redução de um percentual inferior a 25%, com a mediação do Sindicato dos Atletas Profissionais. Por fim, não é descartada ainda uma nova repactuação dos direitos de imagem relativos aos próximos três meses, com o pagamento destes valores também ocorrendo em 2021. Esta, no entanto, não é a alternativa preferida do clube. De acordo com a Lei Pelé, os contratos de imagem podem corresponder a até 40% do vencimento total dos atletas.
Como o novo plano de contingência terá início a partir de julho, a intenção da direção é concluir a nova negociação com os jogadores até o final de junho.