Recentemente, a novela sobre a renovação de Ferreira com o Grêmio era assunto rotineiro. O atacante entrou em litígio com o Tricolor e agora treina com o grupo de transição. Porém, é comum algumas negociações se arrastarem por diversos motivos e nem sempre a conclusão é positiva.
GaúchaZH listou cinco tratativas demoradas entre as partes envolvidas numa transação seja por renovação ou que culminaram na despedida precoce da equipe.
Ronaldinho (2001)
Apontado como a maior revelação gremista na história, o jogador teve uma saída conturbada em 2001. Aproveitando-se da mudança da legislação brasileira, entrava em vigor a Lei Pelé, assinou um pré-contrato com o PSG, gerando um desconforto com os dirigentes. Posteriormente, o clube conseguiu buscar na Fifa US$ 4,5 milhões, cerca de R$ 25 milhões na cotação atual.
O desgaste afetou eternamente a relação entre o Grêmio e o Ronaldinho. Em 2011, muitos torcedores eram contrários ao retorno do craque, que mais uma vez, preteriu o time que o revelou para acertar com o Flamengo.
Maxi López (2009)
O centroavante teve destaque em 2009 pela equipe. Mesmo durante a fase sem títulos, conseguiu conquistar os torcedores com alguns gols, o mais importante no clássico Gre-Nal pelo Brasileirão, por 2 a 1, quando decretou a vitória. O Grêmio depositou o valor previsto para adquirir o argentino e fazer valer um pré-contrato acertado anteriormente, mas Maxi voltou à Europa para defender o Catani-ITA. Já foi especulado novamente para vestir a camisa gremista, mas a rusga anterior impediu uma nova passagem.
Jonas (2011)
Artilheiro gremista no Brasileirão de 2010, atacante tinha vínculo até o final do ano seguinte. Uma das condições da renovação anterior foi a multa rescisória ser baixa na ocasião, um pouco mais de 1 milhão de euros na época. Logo, com destaque no futebol brasileiro, clubes do exterior começaram a tentar tirá-lo do Olímpico.
Os dirigentes ofereceram condições vantajosas a Jonas, que deixava a permanência em segundo plano. Quando surgiu a negociação com o Valência-ESP ficou nítido o desejo de saída. Com a multa depositada, mais nada poderia ser feito.
Gilberto Silva (2012)
O pentacampeão mundial chegou em 2011 com a experiência para agregar qualidade ao meio-campo. Com Luxemburgo, passou a jogar na zaga com bom desempenho. Era o capitão do time, mas na reta final de 2012, quando foi procurado pelo Atlético-MG, seu clube do coração, assinou um pré-contrato, gerando um desconforto com o Grêmio.
Perdeu espaço na equipe, virou reserva, mas seguiu elogiado pela postura. Inclusive, participou do evento de celebração de inauguração da Arena diante do Hamburgo.
Kleber (2014)
Esperança para guiar o Tricolor aos títulos, o “Gladiador” teve lesões consecutivas que atrapalharam o rendimento. O atacante ficou muito tempo entregue ao departamento médico. Segundo entendimento do atacante, teve o retorno precipitado, também resultando num retorno em campo inferior.
Em 2013, sob o comando de Renato Portaluppi, ao lado de Vargas e Barcos, foi vice-campeão brasileiro. Porém, em 2014, já com Felipão na Arena, voltou a ter problemas com o treinador que tinha o afastado do Palmeiras em 2011, assim, nunca mais ganhando oportunidades com a camisa gremista. O caso parou na Justiça e a direção fez um acordo com Kleber para pagar o restante do longo contrato.