No dia 8 de abril de 1987, Grêmio e Caxias se enfrentaram no Estádio Olímpico pela última rodada do quadrangular final do primeiro turno do Gauchão daquele ano. Com o 2 a 2, os clubes empataram em todos os critérios da competição – número de vitórias, gols marcados, gols sofridos etc.
O vencedor ganharia um ponto extra na disputa do hexagonal final. Um jogo extra para decidir quem venceria o quadrangular deveria ser realizado, mas um impasse surgiu: o Grêmio queria atuar em Porto Alegre, e o Caxias no Estádio Centenário.
— O jogo foi 2 a 2, anularam um gol do Caxias que o João Carlos não encostou no Mazarópi. Com o VAR, como é hoje, teríamos vencido. Para o terceiro jogo, o Odone queria jogar em Porto Alegre, e a gente em Caxias. Como não teve comum acordo, alguém propôs o sorteio. Dias depois, viemos na federação e tiraram a bolinha que deu Caxias — conta Mário Ruaro Demeneghi, presidente do Caxias à época.
A definição do campeão ocorreu por meio de um sorteio na sede da Federação Gaúcha de Futebol. O Caxias ficou com os números pares e o Grêmio com os ímpares. Bola 14 sorteada e Caxias campeão do primeiro turno, com ponto extra garantido para a fase final da competição.
Apesar do fato curioso, alguns dirigentes gremistas foram consultados sobre a situação, mas confessaram não recordar do ocorrido em 1987. Mais tarde, Inter, Grêmio, Juventude, Esportivo e Brasil-Pel se juntariam ao time da Serra no hexagonal final. O Tricolor, com dois pontos de vantagem para o Inter, se sagraria campeão gaúcho de 1987, a primeira taça de Felipão no clube.