Idolatrado pelos gremistas por conta das conquistas de 1983, Valdir Espinosa não deixará saudades apenas no Tricolor. Após mais de cinco décadas dedicadas ao futebol, o porto-alegrense criou vínculos com clubes brasileiros e estrangeiros.
Seja como atleta, treinador ou dirigente, construiu uma história vitoriosa por onde passou. Relembre algumas passagens da carreira de Espinosa, morto nesta quinta-feira (27), no Rio de Janeiro, vítima de complicações após uma cirurgia no intestino:
1) Surgimento como atleta
Entre o final dos anos 1960 e início dos anos 1970, Espinosa defendeu a camisa do Grêmio como atleta. O lateral-direito também jogou no CSA, Vitória e Esportivo de Bento Gonçalves.
2) Início como treinador em Bento Gonçalves
Foi no Esportivo que Valdir Espinosa encerrou sua carreira como atleta. E foi no mesmo clube que também surgiu o treinador. Em seu primeiro trabalho na nova profissão, levou a equipe da Serra ao vice-campeonato gaúcho de 1979 — terminando à frente do Inter, que seria campeão brasileiro meses depois.
3) Descoberta de Renato
Em 1980, Espinosa foi contratado pelo Grêmio para ser auxiliar técnico de Oberdan Vilain. Após a demissão do treinador, acabou efetivado no cargo. Nesta mesma época, indicou a contratação de um atleta que mudaria a história do clube: Renato Portaluppi. O jovem atacante, com apenas 17 anos, havia sido lançado por ele no Esportivo um ano antes.
4) Conquista da Libertadores com o Grêmio
Em 1983, Espinosa foi contratado como técnico do Grêmio. Na ocasião, chegava para substituir Ênio Andrade e reformular a equipe vice-campeã brasileira. Foi além, levando o time à conquista da Libertadores. Tinha apenas 36 anos de idade.
5) Campeão do Mundo
Como campeão sul-americano de 1983, o Grêmio se credenciou para enfrentar o Hamburgo pelo título do Mundial de Clubes, em Tóquio, no Japão. Com dois gols de seu pupilo Renato, o treinador levou o clube ao maior título de sua história.
6) Ídolo no Paraguai
Além do Grêmio, o Cerro Porteño também trata Valdir Espinosa com reverência. A idolatria se deve ao título paraguaio conquistado em 1987, que encerrou uma série de 10 anos sem títulos nacionais. Em 1992, foi contratado outra vez e repetiu o feito.
7) Fim do jejum no Botafogo
Outro clube que tem Espinosa como ídolo é o Botafogo. Graças ao trabalho do treinador, o Alvinegro carioca encerrou um jejum de 21 anos sem títulos. Na conquista do campeonato estadual de 1989, sua equipe bateu o grande Flamengo, que tinha Zico, Renato, Bebeto, entrou outros craques.
8) Treinador do Inter
Durou apenas dois meses, mas Espinosa também trabalhou no Inter. Em 1990, foi um dos seis treinadores que passou pelo Beira-Rio. Apesar do pouco tempo à frente do cargo, e da identificação com o Grêmio, venceu um Gre-Nal para os colorados.
9) Retorno ao Grêmio
Em setembro de 2016, retornou ao Grêmio em outra função. Com a contratação de Renato Portaluppi como técnico, Espinosa assumiu como coordenador técnico. Fez parte do grupo campeão da Copa do Brasil daquele ano. Em agosto de 2017, porém, acabou sendo desligado pelo clube.
10) Dirigente do Botafogo
A última passagem de Valdir Espinosa no mundo futebolístico foi como gerente de futebol no Botafogo. O anúncio ocorreu em dezembro do ano passado.