Capitão do Grêmio nas conquistas da Libertadores e do mundo em 1983, Hugo de León lamentou a morte de Valdir Espinosa, técnico nos títulos daquele ano. O ex-treinador exercia o cargo de gerente de futebol do Botafogo e morreu na manhã desta quinta (27), no Rio de Janeiro, vítima de complicações após uma cirurgia no intestino.
— É uma grande perda para a família tricolor e para todos que o conheceram como profissional e ser humano. Tivemos uma grande relação. Desde o primeiro dia, ele acreditou em mim para ser a sua voz dentro de campo. Passou liberdade para eu fazer tudo que precisava. Tivemos um relacionamento espetacular. É com muita dor que estamos falando da partida do nosso grande líder — disse De León, emocionado.
O ex-zagueiro relembrou a conversa entre ele e Valdir Espinosa em que o ex-treinador o comunicou que o camisa 3 à época seria o capitão tricolor no ano de 1983.
— Em Gramado, na pré-temporada, ele me chamou para uma conversa para me explicar que eu seria o capitão oficial do grupo. Antes, eu era um capitão que não era capitão, porque não tinha a braçadeira. Ele me falou tudo o que esperava que eu poderia fazer e da liderança que eu poderia exercer dentro do grupo durante as partidas — relembrou.
De León também falou sobre a relação que o ex-treinador possuía com o grupo tricolor, que conquistaria a Libertadores e que seria campeão do mundo.
— Ele era uma pessoa que tinha os conceitos muito claros dos caminhos que aquele grupo tinha que ter, até por conhecer a história do clube. Ele tinha muita clareza nos seus conceitos, e era muito fácil assimilar o que ele falava. Ele tinha um relacionamento muito bom fora do horário de trabalho. Muita gente não entendia como funcionava, mas na hora do trabalho, todos o respeitavam e ele nos cobrava da maneira que tinha que ser — concluiu.