Um dos atletas mais contestados por torcedores do Grêmio ao longo da temporada passada, Paulo Victor deu uma entrevista forte na manhã desta terça-feira (14). O goleiro falou sobre os erros cometidos em 2019, a possibilidade de chegada de Vanderlei, defendeu-se das críticas e citou Marcelo Grohe como espelho para dar a volta por cima do cima no clube.
Para o atual titular da meta gremista, é comum a direção do clube buscar alternativas no mercado para todas as posições. Ele acredita que a concorrência com Vanderlei será importante para o grupo.
— No futebol brasileiro, o status do jogador muda muito de um ano para outro. A gente tem de ser forte para sobreviver no futebol. Eu, graças a Deus, pude ter o prazer em duas imensas torcidas no Flamengo e no Grêmio. Quero ter essa pressão para o resto da minha vida. A gente sabe que o futebol é dessa maneira — argumentou.
Sobre as falhas no último ano, Paulo Victor demonstra tranquilidade. Em sua autoavaliação, os números de 2019 foram positivos.
— Cometi erros? Cometi. Não posso fugir deles. Agora, também não posso deixar de dizer que de todos os goleiros da Série A, fui o menos vazado. Geralmente, a gente dá muito valor à coisa negativa. Pude ser extremamente importante na conquista (do Gauchão). Não levamos o título da Libertadores ou Copa do Brasil, mas fui importante também. Aceito todas as críticas — salientou.
Um dos feitos ostentados pelo atual camisa 1 tricolor foi ter sofrido apenas um gol no Estadual do ano passado.
— Quem sabe daqui a 100 anos isso se repete? — brincou o goleiro.
Sobre a relação de cobrança dos torcedores e da imprensa, Paulo Victor se diz tranquilo. A experiência de ter sido criado na base do Flamengo contribui para isso. Ele garante não ter tido nenhuma conversa com Renato ou dirigentes sobre o seu momento.
— Não existiu nenhuma conversa. O clube não tem de dar satisfação a todo momento ao jogador. A gente precisa aprender isso — disse.
Com mais três anos de contrato com o Grêmio, Paulo Victor não vê a necessidade de uma conversa para ganhar confiança. Ele acredita em uma volta por cima ainda na Arena e cita Marcelo Grohe como exemplo.
— O Marcelo viveu no Grêmio a vida toda. Você começa a ter uma cobrança grande, ainda mais goleiro. Eu joguei 56 partidas no ano passado, se você conseguir me dizer algum jogador que não comentou falhas em 56 jogos, por favor, me traga ele aqui, que eu vou ficar aqui sentado no banco durante três anos para ele — afirmou.