A cada janela de transferências, os torcedores do Grêmio ficam apreensivos pelos anúncios de novos reforços. Ao longo dos anos, contratações badaladas foram realizadas, mas nem todas deram a resposta aguardada. No Tricolor, a lista conta com atacantes de seleções, campeões continentais e mundiais. GaúchaZH relembra 10 jogadores que chegaram com grande expectativa, mas acabaram não correspondendo dentro de campo.
Amoroso
Com passagens pela Seleção Brasileira até 2003 e tendo sido um dos protagonistas dos títulos da Libertadores e do Mundial do São Paulo, em 2005, o jogador, então com 33 anos, chegou a Porto Alegre em abril de 2007, após ser dispensado pelo Corinthians por problemas com o técnico Leão.
O reforço era de peso, e qualificaria o ataque tricolor para a Libertadores daquele ano. Foi titular em apenas sete jogos, entrou em outros quatro — entre eles a primeira final contra o Boca Juniors. O atacante encerrou sua passagem pelo clube quatro meses depois, com mais cartões vermelhos (um) do que gols (zero).
Amato
Uma das grandes contratações da parceria Grêmio e ISL, no ano 2000. O argentino havia feito carreira nos grandes de seu país, alçou voo no futebol espanhol, mas voltou ao continente por Porto Alegre sem mostrar o futebol que prometia.
Astrada
É contemporâneo de Amato no Grêmio, porém sem passagem pela Europa antes da chegada a Porto Alegre. Era ídolo e multicampeão nacional pelo River Plate, para onde voltou após fracassar jogando no Tricolor. O volante chegou com cartaz de seleção argentina e deixou o clube oito meses depois, tendo entrado em campo em oito partidas.
Tavarelli
Em 2004, o paraguaio foi apresentado com a missão de substituir o ídolo gremista Danrlei. Tinha participado da Copa do Mundo de 2002 e havia expectativa em seu desempenho. Porém, em campo, ficou marcado pelo uniforme e interações com a torcida, porque suas atuações não agradaram. Virou reserva e voltou ao seu país, se aposentando no ano seguinte.
Fábio Aurélio
O lateral-esquerdo chegou ao Grêmio em maio de 2012, trazido do Liverpool, da Inglaterra, onde estava havia seis anos, por indicação do técnico gremista Vanderlei Luxemburgo. O time inglês não vivia o momento que vive hoje, porém a contratação de um jogador de nível europeu gerou expectativas. O atleta, então com 31 anos, tinha currículo de vencedor e passagem pela seleção brasileira olímpica. Em Porto Alegre, no entanto, lesões o afastaram dos campos. Jogou cinco partidas pelo Tricolor.
Marcelo Moreno
O boliviano veio com fama de matador, por seus gols marcados jogando pelo Cruzeiro em 2007 e 2008. Estava no Shakhtar Donetsk e passou por times europeus de menor expressão por empréstimo. Na volta ao Brasil, prometia reencontrar sua melhor fase, fazendo dupla de ataque com Kléber ‘gladiador”, outro que havia construído uma carreira parecida. Marcou seus gols — um deles na inauguração da Arena, contra o Hamburgo — mas saiu em 2013 deixando a sensação de que poderia ter feito mais.
Kléber
Depois de quatro temporadas por Palmeiras e Cruzeiro marcando quase 80 gols, o “Gladiador” chegou no Grêmio com direito a festa e associação do seu apelido ao lançamento da Arena. Começou o ano de 2012 promissor, marcando gols em Gre-Nal e no Gauchão, porém uma grave lesão sofrida no estadual atrapalhou toda sua passagem pelo Tricolor. Saiu do clube deixando como legado uma cobrança de dívida milionária.
Vargas
O chileno havia sido eleito segundo melhor jogador do continente em 2011 — ano em que o primeiro lugar da eleição tinha sido de Neymar, campeão da Libertadores com o Santos. Tinha sido artilheiro da Sul-Americana conquistada pela La U, onde é ídolo até hoje. Era promessa do futebol e tinha características de drible e velocidade que o transformavam em uma grande esperança de jogadas no ataque em parceria com Barcos, atacante de referência do Grêmio de Luxemburgo em 2013. Marcou nove gols em 37 partidas, porém sua passagem ficou marcada por situações extra-campo e a eliminação para o Santa Fé, da Colômbia, na Libertadores.
Cristian Rodríguez
Uruguaio, camisa 7, com passagem na seleção nacional e canhoto habilidoso. Era todo o pacote que a torcida gremista venerava em um só jogador no saguão do aeroporto Salgado Filho. O empréstimo por três meses e o salário de R$ 300 mil não pareciam problema, mas o contrato teve seu risco confirmado. Três lesões (uma na coxa direita e duas na panturrilha esquerda) e uma suspensão dos tempos do ex-clube Parma impediram que “El Cebolla” atuasse mais de 80 minutos pelo Tricolor. Rescindiu seu contrato antecipadamente, desfalcando o Grêmio de Felipão que começava 2015 sem um modelo de jogo definido.
Diego Tardelli
Foi celebrado como grande reforço de 2019. Lotou o aeroporto e gerou debates de onde atuaria — sempre cogitado como titular absoluto e liderança técnica do elenco — mas não marcou mais do que sete gols na temporada. Nem foi titular absoluto, alternando entre bons e maus momentos. Deixou o clube menos de um ano depois.