O volante Maicon é um dos líderes de uma quebra de paradigma no Grêmio. Conhecido historicamente por equipes raçudas e viris, o time gremista mudou de estilo nos últimos quatro anos, sob a liderança dos técnicos Roger Machado e Renato Portaluppi, e passou a atuar de forma mais técnica. Aos 34 anos, o meio-campista lembra dos alertas que recebeu quando defendia o São Paulo e estava negociando com o Tricolor, em 2015.
— Quando eu estava em negociação com o Grêmio, algumas pessoas do São Paulo falavam que eu não iria conseguir jogar aqui, porque o meu estilo de jogo era diferente do estilo que existia no Grêmio, que era de dar carrinho. Isso mudou. Os próprios torcedores na rua, quando vêm conversar comigo, falam que o nosso grupo mudou o estilo do Grêmio e que agora esperam o final de semana pra ver o Grêmio jogar. Isso é legal. E o time não perdeu a identidade do clube de conquistas — disse Maicon.
Em entrevista coletiva concedida ao lado de Léo Moura, o volante descartou a possibilidade de jogar até depois dos 40 anos, como é o caso do lateral.
— Não tem como. Eu dificilmente vou chegar até os 41 (idade de Léo Moura). Nem quero. Eu me encontro em uma situação em que é muito difícil jogar até os 40 anos. Joguei com o Léo Moura em 2004, quando eu tinha 18 anos. Ele sempre foi exemplo para mim e para vários jogadores, mas dificilmente vou chegar aos 41 anos. Não tem como — completou.
Maicon afirmou ainda que, apesar de ter contrato com o Grêmio até dezembro de 2021, pode encerrar a carreira antes disso, caso sinta que não está mais rendendo.
— Tenho mais dois anos de contrato, mas, quando renovei, sempre fui muito claro com o presidente. Eu vou jogar enquanto tiver condições de jogar. Jamais vou ficar aqui para atrapalhar ou só jogando pelo nome. Vou tentando. Enquanto eu achar que estou ajudando, vou jogando. Quando achar que não dá mais, sento com o presidente e converso para achar a melhor solução. Vou ser bem tranquilo em relação ao momento de parar — finalizou.