O volante Maicon confirmou, em entrevista coletiva no CT Luiz Carvalho, que deverá operar o joelho esquerdo no início de 2020 — o que levaria o Grêmio a tê-lo como desfalque nos primeiros jogos do Gauchão e até na Libertadores, caso o clube não obtenha vaga direta na fase de grupos da competição. O jogador deve voltar ao time para enfrentar o São Paulo, no próximo domingo (1º), depois de ter ficado de fora do time contra o Athletico-PR, na derrota da última quarta-feira.
Maicon explicou que vem conversando com os médicos. A cirurgia seria uma artroscopia para "limpar" a cartilagem do joelho esquerdo. O jogador já prevê um tempo médio para recuperação:
— É coisa de um mês, um mês e meio para que eu possa ficar bem e jogar. Sem o problema, se eu ficar bem do joelho, vou poder me preparar melhor e aguentar jogar um jogo inteiro. Esta é a única coisa que tem me atrapalhado.
O líder do grupo também falou sobre a situação de Diego Tardelli, que não tem permanência garantida para o ano que vem:
— O Tardelli é um grande cara, trabalhador, parceiro e craque de bola. Se ele vai permanecer, é coisa dele com a diretoria. Agora vêm as férias, o Tardelli vai pensar bem com a família, e eles decidirão o que é melhor. Nós queremos que ele siga conosco, porque sabemos das qualidades dele, que já foram demonstradas em vários clubes no Brasil.
Mesmo admirando o companheiro, Maicon reprovou a expulsão protagonizada pelo atacante em Curitiba:
— Ele sabe que errou e pediu desculpas para o grupo na hora da oração. Vai ficar fora desta partida contra o São Paulo, mas ainda há dois jogos pela frente para ele jogar e nos ajudar, como vem ajudando. Todo mundo já errou. Não podemos dizer, de maneira alguma, que perdemos o jogo por culpa do Tardelli. Ele já sabe o que aconteceu, temos que seguir.
— É uma final para nós. Tornou-se nosso objetivo. Conquistar a melhor posição possível significa também mais dinheiro para o clube — acrescentou.
Com 40 jogos na atual temporada, Maicon admite que há desgastes de todos os tipos no final do ano, não só o físico. As próprias indefinições sobre o futuro do grupo, segundo ele, podem criar instabilidade técnica. O volante, no entanto, fala em superar isso contra o São Paulo, na penúltima partida em casa em 2019. Sobre perspectivas, com contrato em vigor até o final de 2021, o ex-capitão acompanha os passos da diretoria, mas faz uma aposta na permanência de Renato Portaluppi no comando técnico.
— Isso é questão de sentar e conversar. O Renato tem bom relacionamento com o presidente. A gente torce para que ele fique, porque conhece todo o grupo, é o maior ídolo da torcida pelo que fez como jogador e treinador. Isso (a renovação de contrato) é a coisa mais simples de se resolver — concluiu.