Que o zagueiro Pedro Geromel está marcado na história do Grêmio não há dúvidas, tanto que o jogador teve seus pés imortalizados na calçada da fama do clube em setembro deste ano. Mas, para um torcedor em especial, a idolatria do camisa 3 mereceu um espaço reservado em casa.
— Tenho 31 camisas oficiais do Geromel. São 24 do Grêmio, três da Seleção Brasileira, duas do Colônia-ALE e duas do Vitória de Guimarães-POR — conta o servidor público Claudinei Roberto Chiogna, 40 anos, natural de Cascavel e morador de Barracão, no Paraná.
Betinho, como é conhecido, relata que deu início à coleção em 2016, após a semifinal da Copa do Brasil, na qual o Grêmio eliminou o Cruzeiro. Na ocasião, ele comprou a camisa branca do Tricolor com o número 3 e o nome de Geromel às costas. A partir dali, resolveu investir em produtos relacionados ao ídolo.
— Tenho muito material do Grêmio, mas vendi muita coisa para comprar as camisas e outros objetos do Geromel. Além das camisas, tenho um cartão postal do Colônia (clube alemão em que Geromel permaneceu por cinco anos). Duas miniaturas dele, vários guias da partida com ele na capa — destaca Chiogna.
O paranaense de 40 anos estima ter investido quase R$ 10 mil nessa coleção. Algumas das camisas foram usadas pelo zagueiro, inclusive, o que eleva o preço de mercado. Outras, foram importadas da Europa, onde o defensor atuou a maior parte da carreira. Mas, conforme Betinho, os gastos valeram a pena.
— Primeiro porque ele é um jogador espetacular, mas também gosto muito dele como pessoa. Tem bom caráter, é um cara de bom coração — exalta.
Nascido em 1979, garante que Geromel é o maior zagueiro que viu atuar pelo clube:
— Dos que vi, certamente é o maior. Com certeza é um dos grandes ídolos da história do Grêmio, pela parte técnica e pela liderança. É um jogador praticamente perfeito, tem saída qualificada, apoia bem e a imposição dele dentro da área, na marcação, é exemplar. É um zagueiro completo.
Ainda que more longe, Betinho faz parte do consulado gremista em Barracão, é membro de um grupo político do clube e tenta superar os cerca de 620 quilômetros que separam a cidade onde vive e Porto Alegre sempre que possível para assistir ao Grêmio na Arena. Também costuma acompanhar o time do coração quando joga em Chapecó ou Curitiba. E, para ele, ver o ídolo em ação é um privilégio.
— Não é sempre que temos a chance de ver um ídolo jogar. Estou aproveitando — comemora Chiogna.