Desde a saída de Lucas Barrios ao final da temporada de 2017, o Grêmio é órfão de um centroavante goleador. Na temporada passada, Renato Portaluppi apostou em Cícero e em Jael e pediu a contratação de mais jogadores para a função. Ainda no final de 2018, chegou André por valores nada modestos. Por esses jogadores não corresponderem no ano anterior, o treinador voltou a pedir novos atletas para a temporada de 2019. A direção investiu pesado em Felipe Vizeu e Diego Tardelli. O primeiro vindo por empréstimo da Itália e o segundo proveniente do futebol chinês. Para Diogo Olivier, colunista de GaúchaZH, todos estão aquém do que era esperado pela direção gremista.
— Por enquanto, é muito aquém. Imaginava-se que o trio sobraria, na comparação com Jael e Cícero, ano passado. Mas Tardelli vinha bem, ou melhorando, até ser sacado por Renato inexplicavelmente contra o Flamengo, em nome do inoperante André — afirmou.
As três apostas ofensivas do Grêmio para o ano não corresponderam às expectativas. Juntos somam 106 jogos e 18 gols. André foi quem mais atuou entre eles. São 44 jogos e sete gols. Tardelli, maior contratação da temporada, jogou 38 partidas e fez seis gols. Já Vizeu, lesionado desde o meio do mês de julho, esteve em campo em 24 vezes e anotou cinco gols.
Comparados a Jael — que em 2018 fez 12 gols em 45 jogos — todos têm uma média inferior de gols no ano. O atacante, que agora joga no Japão, tinha uma média de 0,26 gol por partida. André tem 0,15, mesmo número de Tardelli. Vizeu tem um número um pouco melhor com 0,2, mas mesmo assim inferior ao ex-atacante tricolor.
— O Grêmio não errou nas contratações, buscou o que precisava. O problema foi que os jogadores não têm entregado o que o clube esperava. Então, as contratações acabam ficando caras demais — salientou Adroaldo Guerra Filho, colunista da GaúchaZH.
O colunista de GaúchaZH Leonardo Oliveira também acredita que não houve erro da direção em relação às contratações:
— Dizer que a direção errou em buscar três jogadores deste nome, agora, seria oportunismo. Creio que André segue fiel à sua trajetória. Sempre foi um centroavante que oscilou muito na carreira. A diferença, agora, é que não teve momento de alta no Grêmio, só de baixa. O equívoco com Tardelli talvez tenha sido não combinar com ele antes de assinar, ouvi-lo de suas pretensões na carreira. Só que se descobriu a resistência dele em jogar de 9. Quanto a Vizeu, esse teve poucas chances, nunca caiu no agrado de Renato. Para completar, sofreu uma lesão séria no joelho em julho — avaliou.