O Grêmio deverá comparecer à sede da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), nos próximos dias, para ouvir o que foi dito na conversa entre o árbitro Wagner do Nascimento Magalhães e a cabine do VAR, onde o catarinense Bráulio da Silva Machado era o árbitro principal, no lance ocorrido logo aos cinco minutos do primeiro tempo — Pedro Geromel cabeceou uma bola em direção ao gol, e ela bateu no braço direito do volante Wellington Martins.
Na partida, foi recomendado que Wagner se dirigisse até o monitor instalado na beira do gramado da Arena da Baixada para observar o lance. Após dois minutos, o árbitro da Fifa manteve a decisão de campo e não marcou a penalidade.
A decisão acabou sendo decisiva na partida, já que o Athletico-PR venceu o jogo por 2 a 0 e, nos pênaltis, eliminou o Grêmio da Copa do Brasil. O comentarista de arbitragem da Rádio Gaúcha, Diori Vasconcelos, acredita que o árbitro errou em sua avaliação:
— Sobre o lance do pênalti, é importante dizer que o árbitro de vídeo Bráulio da Silva Machado fez a coisa certa ao recomendar a revisão. A partir disso, a decisão final é responsabilidade do juiz principal. Wagner Magalhães entendeu que a jogada foi normal. Discordo da interpretação. Depois do cabeceio de Geromel, Wellington Martins ampliou o espaço corporal com o braço aberto e bloqueou o arremate.
Ouvido pela reportagem do GaúchaZH, o chefe de arbitragem da CBF, Leonardo Gaciba, garantiu o acesso gremista ao áudio.
— A Comissão de Arbitragem tem a linha de que todos os filiados têm direito de ouvir e ver as revisões, desde que seja na sede da confederação — disse o ex-árbitro gaúcho.