
No dia em que renovou o vínculo com o Grêmio até 2023, Jean Pyerre recordou, junto com o pai, o início de sua carreira. Autor do segundo gol na vitória sobre o Athletico-PR, o garoto de 21 anos vive bom momento no time de Renato Portaluppi e contou como se prepara para cobrar faltas com a mesma perfeição que encobriu o goleiro Santos na quarta-feira (14).
— Os goleiros nos mostram (a batida) que é difícil para eles. Todos procuram auxiliar. O Luan, que já bateu mais falta, me ajuda. Eu também ajudo os menos experientes. Isso que é interessante, todo mundo se ajuda. O próprio goleiro dá dicas. A gente treina muito, martela muito, fica horas conversando. Sempre que podemos, diariamente, trabalhamos isso. Sabemos da importância que a bola parada tem — explicou, em entrevista ao Show dos Esportes, da Rádio Gaúcha.
Personagem da foto que emocionou Jean Pyerre, o pai da promessa, Eduardo da Luz Corrêa, de 42 anos, também participou da conversa. Descontraído, o vigilante mostrou que o jovem tem "de onde puxar" a naturalidade na hora de falar com a imprensa.

— Ele diz que era zagueiro, dava chapeuzinho dentro da área, fazia e acontecia. Mas os amigos são cúmplices. Não tem nem foto no jornal, não tem como acreditar — cutucou Jean, ao falar que o pai também jogava futebol.
— Eu vivi numa época mais confortável. Meu DVD, meu vídeo, é o fio do bigode — brincou o pai, retrucando.
Aproveitando a presença do pai, Jean agradeceu publicamente a família:
— Digo para meu pai, minha mãe e para meus irmãos, pois estivemos juntos depois de tudo que passamos. Pegou fogo na minha casa e todo mundo estava junto. Eles abriram muitas coisas por mim e pelos meus irmãos. Quero agradecer a eles por tudo, por serem meus pais, pelos meus irmãos serem meus irmãos. Aquela foto foi muito espontânea, mas demonstra muito sentimento. Vivemos hoje o que um dia sonhamos.
Confira a entrevista na íntegra: