O zagueiro Walter Kannemann concedeu entrevista coletiva no CT Luiz Carvalho após o último treino do Grêmio antes de enfrentar o Libertad-PAR, pelo jogo de ida das oitavas de final da Libertadores, nesta quinta-feira (25), às 21h30min, na Arena. Bicampeão da competição, primeiro com o San Lorenzo, em 2014, e com o Tricolor, em 2017, o atleta falou sobre a diferença dos jogos da fase de grupos para os duelos eliminatórios.
— Qualquer erro e estamos fora da competição. Normalmente os visitantes jogam com mais cuidado. Creio que o Libertad deve fazer isso para levar o que puderem de melhor para o Paraguai. Nós temos de fazer o contrário. Temos de vencer e ir para a partida de volta tranquilos. O primeiro jogo é importante, mas não decide tudo. É um confronto de 180 minutos — comentou.
Questionado sobre como é a preparação antes de uma partida de mata-mata, Kannemann falou que trabalha como se fosse mais um jogo normal. O objetivo dele é manter a concentração em todos os minutos para fazer uma boa atuação e ajudar o Grêmio a conquistar um bom resultado.
— Acredito que não. Eu tento treinar e estar sempre 100% para todos os jogos. Tento estar sempre tranquilo para o jogo. Minha cabeça sempre está focada em estar em condições para ajudar o time — explicou.
A partida contra o Libertad-PAR marcará o reencontro da defesa gremista com Óscar Cardozo. Para Kannemann a missão dele e de Geromel é dificultar ao máximo o trabalho do atleta paraguaio.
— Hoje, temos de ter atenção em todos os atacantes. Todo mundo sabe da qualidade e da experiência que ele tem. É um jogador muito alto e se posiciona muito bem no campo. Quando nos enfrentamos no primeiro jogo, eu e Geromel nos preocupamos em dificultar bastante para ele. Faremos o mesmo nesta quinta — projetou.
A presença de Everton nas oitavas de final da Libertadores foi comemorada pelo zagueiro. Questionado sobre a importância do atleta para o time do Grêmio, o zagueiro foi enfático.
— Fundamental. Todo mundo sabe a classe de jogador que é o Everton. Ele tem a capacidade de driblar o marcador em um metro quadrado, é impressionante. Então, para nós, ele ajuda muito. Foi campeão da América há poucos dias. Vamos desfrutar da presença dele e ajudá-lo enquanto ele estiver aqui com a gente — ressaltou.
O momento da dupla de zagueiros do Tricolor também foi pauta da entrevista. Kannemann explicou que oscilações ocorrem no futebol. Além disso, o sistema defensivo, segundo o argentino, é muito mais do que apenas os zagueiros, laterais e o goleiro.
— Quando o time não faz gols, não é só culpa dos atacantes. Quando um time sofre gols, também não é só culpa dos zagueiros. Todos tem de ajudar. Pode ser que neste ano a gente tenha sofrido mais gols, mas estamos trabalhando todos os dias para melhorar e para fazer com que o trabalho dos atacantes adversários seja o mais difícil possível — finalizou.