O histórico de muitas lesões acompanha a carreira de Alisson desde os tempos de Cruzeiro. No Grêmio, o atacante teve nesta semana o seu terceiro problema médico em pouco menos de um ano e meio. Por conta de uma entorse no tornozelo direito, o atleta está fora da partida contra o Juventude, nesta quarta (29), e é desfalque praticamente certo para o jogo com o Bahia, no sábado. Apesar disso, o clube não demonstra preocupação. Existe a chance de o jogador retornar contra o Fortaleza, no dia 8 de junho.
O departamento médico gremista avalia internamente que a lesão mais recente de Alisson foi uma mera fatalidade. Após uma dividida com Ricardo Oliveira, na vitória sobre o Atlético-MG, no sábado, o atleta levou a pior e, devido à pancada, torceu o tornozelo direito. Por se tratar de um trauma, os médicos do clube entendem que o histórico de lesões musculares não está relacionado ao episódio.
A primeira lesão de Alisson no Grêmio ocorreu no dia 15 de maio de 2018. Na ocasião, o atacante sofreu uma lesão no músculo posterior da coxa esquerda, em um jogo contra o Monagas-VEN, pela Libertadores. Na época, a situação foi mais preocupante. O jogador ficou 80 dias no departamento médico e desfalcou a equipe por 12 jogos — 10 no Brasileirão e dois na Libertadores.
A temporada 2019 também se iniciou com problemas para Alisson. Logo no primeiro jogo, contra o Novo Hamburgo, pelo Gauchão, o atacante sofreu uma ruptura no tendão da região posterior do bíceps da perna direita. O atleta acabou ficando fora por nove jogos do Gauchão e dois da Libertadores, totalizando dois meses afastado dos gramados.
Antes de chegar ao Grêmio, Alisson era um assíduo frequentador do departamento médico do Cruzeiro. Entre 2014 e 2017, o jogador sofreu diversas lesões musculares que o impediram de deslanchar na Toca da Raposa.
— O Alisson sempre foi um garoto de muito potencial no Cruzeiro. Tendo a velocidade como grande característica, ele sempre precisou estar bem fisicamente para arrebentar no um contra um. Mas, desde 2013, quando ele surgiu, os problemas musculares começaram a atrapalhar o garoto. Nos anos de 2013, 2014 e 2015, as lesões musculares o impediram de ter uma grande sequência. A partir de 2016, esses problemas começaram a sumir. Se não fossem as pausas para fazer tratamento no DM, eu não tenho dúvida alguma de que o Alisson hoje estaria na Europa — aposta o repórter Samuel Venâncio, da Rádio Itatiaia, de Belo Horizonte.
Já o jornalista Guilherme Guimarães, do diário Hoje em Dia, também da capital mineira, relata que, em 2017, Alisson fez um trabalho de mobilização para diminuir os problemas médicos.
— O caminho do Alisson até virar titular absoluto do Cruzeiro em 2017 não foi fácil por conta, justamente, das lesões musculares. Entre 2014 e 2017, período em que ele mais atuou, o atleta visitou bastante o departamento médico, principalmente por causa de problemas nas coxas. Certamente, isso foi o que mais atrapalhou o jogador no período em que ele jogou no Cruzeiro. Em 2017, sem passar por uma sequência de lesões, aí o Alisson se firmou no time e ajudou o Cruzeiro na conquista do penta da Copa do Brasil. Ele falou, naquela época, que tinha aproveitado bastante as férias e a pré-temporada para se cuidar. O empenho do jogador contou muito. Foi naquele ano em que ele se destacou mais — conta Guimarães.
Desde 2018 no Grêmio, Alisson disputou 53 partidas no primeiro ano de clube e mais 17 jogos na atual temporada.
A análise inicial do departamento médico aponta que o problema no tornozelo direito não é grave. O atleta será reavaliado na próxima semana. Não está descartada a possibilidade de o atacante retornar à equipe de Renato Portaluppi no jogo contra o Fortaleza, no dia 8 de junho, em Caxias do Sul.