![Guilherme Araújo / TXT Sports and Business/Divulgação Guilherme Araújo / TXT Sports and Business/Divulgação](http://www.rbsdirect.com.br/imagesrc/25209665.jpg?w=700)
Quando Luan foi eleito o melhor jogador do continente pelo jornal uruguaio El País, em 2017, pouca gente ousou contestar. Afinal, tratava-se do grande nome do Grêmio, que havia conquistado a Libertadores daquele ano. Porém, de lá para cá, o camisa 7 está longe de seus melhores dias. Acometido por uma fascite plantar, o meia-atacante sequer conseguiu terminar a última temporada. Agora, abre 2019 muito contestado por atuações apáticas e baixo desempenho. Mas, a culpa pode não ser dele e, sim, da maldição do Rei da América. Brincadeiras à parte, relembre casos de atletas que logo depois de receberem o mesmo prêmio enfrentaram problemas na carreira:
Tostão
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O jornal venezuelano El Mundo criou a premiação em 1971 e escolheu o ponta de lança Tostão como seu primeiro vencedor: craque do Cruzeiro e da Seleção Brasileira tricampeã mundial no México. Porém, em 1973, já vestindo a camisa do Vasco, o jogador mineiro foi orientado a abandonar a carreira sob o risco de ficar cego por conta de uma inflamação na retina decorrente de uma bolada no olho.
Palermo
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A maldição do troféu voltou a acontecer com o vencedor de 27 anos depois. Em 1998, já sob a organização dos uruguaios do El País, foi eleito o centroavante Martin Palermo, do Boca Juniors. De fato, a fase vivida pelo centroavante era magnífica, tanto que rendeu uma convocação para a seleção argentina. No entanto, foi na Copa América do ano seguinte que ele também entraria para o Livro dos Recordes ao perder três pênaltis em uma única partida (contra a Colômbia).
Cabañas
![Ricardo Alfieri / South American Football Confeder Ricardo Alfieri / South American Football Confeder](http://www.rbsdirect.com.br/imagesrc/25209572.jpg?w=700)
Em 2007, o paraguaio Salvador Cabañas foi o vencedor da taça. No ano seguinte, vestindo a camisa do América, do México, foi o carrasco de equipes brasileiras pela Libertadores, chegando a marcar três gols contra o Flamengo, no Maracanã. Entretanto, em 2010, o centroavante sofreu um duro golpe na carreira. Na saída de uma casa noturna, na capital mexicana, o jogador foi vítima de uma suposta tentativa de assalto e acabou baleado na cabeça. Após uma cirurgia de altíssimo risco, ele sobreviveu e chegou a voltar aos gramados anos depois. Nunca mais com o mesmo destaque.
Ronaldinho
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Com a camisa 10 do Atlético-MG, Ronaldinho foi o grande nome na conquista da Libertadores de 2013. Na temporada seguinte, deixou de ser unanimidade. Em julho de 2014, se transferiu para o Querétaro, do México. Retornaria ao Brasil para defender o Fluminense, mas já sem o mesmo brilho. Fez apenas nove jogos no Tricolor carioca. Foi o crepúsculo do craque gaúcho.
Teo Gutiérrez
![Eitan Abramovich / AFP Eitan Abramovich / AFP](http://www.rbsdirect.com.br/imagesrc/25209678.jpg?w=700)
Em 2014, Teófilo Gutiérrez estava em alta. Recuperou-se de uma lesão no joelho a tempo de jogar a Copa do Mundo com a seleção colombiana e, em dezembro, ajudou o River Plate a conquistar a Copa Sul-Americana. Por isso, o Sporting de Portugal veio buscá-lo quando ainda ostentava o status de melhor do continente. Mas, desde então, despencou de rendimento. Foi deixado de fora da convocação para a Copa América de 2016, trocou a Europa pelo Rosario Central e, atualmente, milita no Júnior de Barraquilla. Já se vão dois anos desde que defendeu sua seleção pela última vez.
Carlos Sánchez
![Juan MABROMATA / AFP Juan MABROMATA / AFP](http://www.rbsdirect.com.br/imagesrc/25209641.jpg?w=700)
Um dos principais nomes do River Plate na conquista da Libertadores de 2015, o meia Carlos Sánchez seguiu atuando em alto nível mesmo após sua transferência ao Monterrey, do México. Porém, em 2018, o jogador foi o pivô da eliminação do Santos no torneio continental. Contratado como reforço da equipe paulista, o uruguaio não poderia ter atuado contra o Independiente, pelas oitavas de final, porque tinha um jogo a cumprir por suspensão. Sua escalação rendeu a perda de pontos do time brasileiro.
Borja
![Sociedade Esportiva Palmeiras / Flickr Sociedade Esportiva Palmeiras / Flickr](http://www.rbsdirect.com.br/imagesrc/25209658.jpg?w=700)
Destaque da Libertadores de 2016, conquistada pelo Atlético Nacional de Medellín, o centroavante colombiano foi contratado pelo Palmeiras. Ainda que tenha feito parte da equipe campeã brasileira no ano passado, está longe de ser unanimidade. Perdeu inclusive a titularidade para Deyverson.
Jogadores que quebraram a maldição
Nem só de azar vive o "Rei da América". Alguns atletas alcançaram os melhores momentos de suas carreiras logo após serem agraciados com a premiação. É o caso dos brasileiros Zico, Bebeto, Romário e Neymar. O mesmo se pode dizer dos argentinos Maradona, Tévez e Verón. Há até mesmo o caso dos colorados Figueroa e D'Alessandro, que seguiram rendendo em alto nível.
Confira os Reis da América:
1971: Tostão (Cruzeiro)
1972: Cubillas (Alianza Lima-PER)
1973: Pelé (Santos)
1974: Figueroa (Inter)
1975: Figueroa (Inter)
1976: Figueroa (Inter)
1977: Zico (Flamengo)
1978: Kempes (Valencia-ESP)
1979: Maradona (Argentinos Juniors)
1980: Maradona (Argentinos Juniors)
1981: Zico (Flamengo)
1982: Zico (Flamengo)
1983: Sócrates (Corinthians)
1984: Francescoli (River Plate-ARG)
1985: Romerito (Fluminense)
1986: Alzamendi (River Plate-ARG)
1987: Valderrama (Deportivo Cali-COL)
1988: Rúben Paz (Racing-ARG)
1989: Bebeto (Vasco)
1990: Amarilla (Olimpia-PAR)
1991: Ruggeri (Vélez Sarsfield-ARG)
1992: Raí (São Paulo)
1993: Valderrama (Júnior de Barranquilla-COL)
1994: Cafu (São Paulo)
1995: Francescoli (River Plate-ARG)
1996: Chilavert (Vélez Sarsfield-ARG)
1997: Salas (River Plate-ARG)
1998: Palermo (Boca Juniors-ARG)
1999: Saviola (River Plate-ARG)
2000: Romário (Vasco)
2001: Riquelme (Boca Juniors-ARG)
2002: José Cardozo (Toluca-MEX)
2003: Tévez (Boca Juniors-ARG)
2004: Tévez (Boca Juniors-ARG)
2005: Tévez (Corinthians)
2006: Matías Fernández (Colo-Colo-CHI)
2007: Cabañas (América-MEX)
2008: Verón (Estudiantes-ARG)
2009: Verón (Estudiantes-ARG)
2010: D'Alessandro (Inter)
2011: Neymar (Santos)
2012: Neymar (Santos)
2013: Ronaldinho (Atlético-MG)
2014: Teo Gutiérrez (River Plate-ARG)
2015: Carlos Sánchez (River Plate-ARG)
2016: Borja (Atlético Nacional-COL)
2017: Luan (Grêmio)
2018: Pity Martínez (River Plate-ARG)