Ao manter o rendimento ofensivo do ataque e marcar o terceiro gol nos 4 a 0 contra o Novo Hamburgo, domingo (20), o atacante Pepê, que completará 22 anos em fevereiro, viu crescer seu prestígio junto à direção do Grêmio. Quarta-feira (23), é certa sua escalação contra o Aimoré, em São Leopoldo, em decorrência da lesão que Alisson sofreu no joelho direito no Estádio do Vale.
Independentemente ou não do problema enfrentado pelo colega, a utilização mais frequente de Pepê já estava nos planos do técnico Renato Portaluppi. Em 2018, ele participou dos nove jogos em que o chamado time alternativo, repleto de reservas, foi usado no Brasileirão.
E marcou dois gols.
Desde 2016, o Grêmio tem encontrado alternativas caseiras para o lado esquerdo do ataque. A primeira foi Pedro Rocha, figura decisiva na conquista da Copa do Brasil daquele ano. Na temporada seguinte, brilhou a estrela de Everton, ainda que Fernandinho tenha sido a opção mais utilizada por Renato. É nessa linha que poderá se incluir Pepê, caso o titular seja negociado no meio do ano com algum clube europeu.
— Temos muita fé, muita esperança nesse jogador. Ele pode ter um progresso similar ao de Everton. Não há por que duvidar — afirma o vice de futebol, Duda Kroeff, sem deixar de observar uma diferença decisiva entre os dois jogadores: — Everton está muito à frente, tem mais tempo de titularidade.
Pepê teve passagens pela base de Athletico-PR e Coritiba. Ao marcar três gols pelo Foz do Iguaçu no Campeonato Paranaense, despertou a atenção do Grêmio, que adquiriu 70% de seus direitos. Seu contrato na Arena vai até dezembro de 2022.
A evolução do atacante no clube gaúcho também passou pelo período em que trabalhou com o técnico Thiago Gomes na equipe de transição. Foi pelas mãos do treinador que Pepê realizou o estágio final de sua formação no Grêmio, aprimorando características importantes para seu estilo de jogo, como a arrancada em velocidade e também a finalização. Ainda que tenha disputado um total de 28 partidas no ano passado pelo grupo principal, o jogador ainda precisa adquirir experiência. O que, segundo Renato, ocorrerá ao longo desta temporada.
— O jogador é quem se escala. Nós temos uma garotada muito boa, estamos dando uma chance para eles. No momento em que tiverem a oportunidade de jogar uma Libertadores, uma Copa do Brasil ou o Brasileirão, vão estar bem mais cascudos. Não adianta deixar o menino sempre no grupo e nunca colocar para jogar — explica o treinador gremista.