O início da contagem regressiva do Grêmio para chegar à Libertadores tem significado extra para Maicon. Capitão do time e imortalizado na Calçada da Fama, o volante chega neste domingo, contra o Vasco, ao seu 150º jogo pelo clube. Serão seis partidas, três delas na Arena, para tentar entrar na competição continental já na fase de grupos e deixar para trás de vez a frustração pela eliminação deste ano, confirmada no tapetão da Conmebol.
— Jogar no Grêmio é um privilégio — resume Maicon.
— Eu vim querendo conquistar títulos e retribuir a confiança que tiveram no meu trabalho. A marca de
150 jogos é muito importante para qualquer atleta.
Eu quero conquistar ainda mais títulos e chegar a mais marcas importantes por esse clube — diz o volante.
Maicon foi contratado em março de 2015. O time vivia um momento de transição, que resultaria, pouco depois, na troca de Felipão por Roger Machado, que, um ano mais tarde, seria substituído por Renato Portaluppi, ponto de partida para um período de conquistas significativas como Copa do Brasil e Libertadores.
Na sua estreia, dia 14 de março, o Grêmio ganhou de 1 a 0 do Cruzeiro, pelo Gauchão.
"Bom passe, boa saída de jogo e três conclusões a gol no dia da estreia", disse a cotação de Zero Hora, que deu nota 7 ao novo jogador.
Com a autoridade de capitão do time, Maicon admitiu que a mudança de postura no segundo jogo contra o River Plate-ARG, pelas semifinais, pode ter sido um erro.
— Quando você entra numa decisão e não ganha, é porque alguma coisa cometeu de errado no jogo — avaliou o volante, para quem o erro foi maior na segunda partida, na Arena.
— Talvez nesses dois jogos, por termos mudado nosso estilo de jogo, e defender mais, até porque estávamos sem nossos jogadores de velocidade, mudamos um pouco nosso estilo e não tivemos êxito no segundo.
Para o jogo deste domingo, o volante desconsidera a situação da equipe carioca, que,
com 38 pontos, só está quatro pontos acima da zona de rebaixamento. E fez elogios ao centroavante argentino Maxi López, "um grande jogador, um goleador".
— Para eles, é praticamente o jogo da vida. Mas, para nós, também. Precisamos fazer um grande jogo, para alcançar a melhor pontuação possível e entrar direto na Libertadores — destacou.
O jogo deste domingo também poderá marcar a volta de Luan. Ao participar da atividade com bola na manhã de sexta-feira, o melhor jogador da América, que não atua desde o dia
14 de outubro, na derrota por 2 a 0 para o Palmeiras, no Pacaembu.
Caso ele não atue, sua vaga no time será decidida entre Jean Pyerre e Cícero. Léo Moura,
que não atua desde os 4 a 0 contra o argentino Tucumán, dia 2 de outubro, também treinou e, aparentemente, terá condições de enfrentar o Vasco. Kannemann e Ramiro, que ficaram fora de dois treinamentos da semana, deverão ser preservados.