Estava previsto que algo tinha que acontecer diante de tamanho desprezo por tudo aquilo que vale em nível de respeito e ética em futebol. A gloriosa Conmebol plantou impunidade, desonestidade, corrupção e desrespeito às leis e aos torcedores. E, ainda por cima, utilizou fortes fertilizantes para que todas essas maledicências crescessem.
Imagino que nenhuma pessoa ligada ao futebol não esperasse por fatos semelhantes ao que aconteceram na final da Libertadores. Foi apenas a cereja do bolo. Uma vergonha mundial.
O não cumprimento das regras no jogo do Grêmio contra o River Plate era o prenúncio de que o pior poderia acontecer, porque as regras deixaram de existir. Quem teria moral para exigir o cumprimento de alguma lei depois do atropelo que se viu na semifinal? E o pior é que vai continuar tudo como está. Infelizmente, as competições importantes que os nossos clubes podem disputar estão definitivamente contaminadas e desmoralizadas pelos seus próprios organizadores, pelas próprias entidades que as dirigem.
Não tenho vocação para vidente, mas há tempos venho escrevendo sobre a podridão que assola o nosso querido futebol, em decorrência das entidades que o comandam.
O "ultrapassado" Felipão
Enquanto isso, o Grêmio empatou com um clube rebaixado e o Palmeiras conquistou mais um título do Campeonato Brasileiro. A quarta vaga direta para a Libertadores de 2019 ainda não está definida. Na terça-feira (27) escrevo sobre o Brasileirão e sobre o “ultrapassado” Felipão, novamente campeão.