Muitas coisas podem ser debatidas no time gremista, especialmente quando sofre uma derrota como a de domingo. Minha análise pretende ser racional, com cautela e examinando o esquema tático tricolor. Individualmente, todos os gremistas sabem quem preenche os requisitos para ser titular da equipe, e não estou aqui para demonizar nenhum profissional ou apontar responsabilidades isoladas, porque futebol é coletivo.
Neste rumo, penso que o meio-campo do time tricolor está despovoado e com pouco senso de marcação. Ramiro faz falta. Muitas vezes eu já disse: trata-se do coadjuvante mais protagonista que conheço. Cícero e Maicon juntos carecem de mais força e movimentação, embora sejam tecnicamente bons jogadores. Isso tínhamos com Ramiro, que preenche e povoa o meio e marca como ninguém.
Luan é atacante. Alisson é muito bom jogador, mas também é atacante. Ambos, mesmo que retornem para ajudar o trabalho de meio-campo, não possuem como característica principal essa marcação. A partir disso, jogamos com menos jogadores de característica própria no setor, o que facilita para o adversário.
Lançar jovens
A falta dessa função específica aconteceu no jogo contra o Palmeiras. Perdemos o meio-campo. Por ali se ganha uma partida e se perde. Renato, historicamente, sempre jogou com tal setor bem reforçado. Chegou a hora de repensar o trabalho neste particular. Uma equipe forte não joga somente na busca da criatividade, mas também sendo rigorosa no quesito defensivo. Renato é muito inteligente para buscar internamente outra solução, na medida em que são inviáveis novas contratações. O momento talvez seja de lançar jovens.