Só uma negociação de exceção, com clubes do porte de Barcelona, Real Madrid, Chelsea, Manchester United e City e Bayern de Munique, pode levar Everton do Grêmio. Como nenhum deles fez oferta até o momento, a tendência é que o atacante, ausente por lesão do jogo desta noite, contra o Estudiantes, acerte nos próximos dias sua renovação de contrato.
É o que diz o empresário, Gilmar Veloz, valorizando a tranquilidade com que as negociações têm sido feitas com a direção. O agente de Everton prefere, contudo, não fixar data para a assinatura do novo vínculo. Mas antecipa: "É só colocar as coisas no papel", garante.
Pouco a pouco, vão sendo fechados os prazos de transferência para a Europa. Conforme Veloz, a janela para a Inglaterra se fecha dia 9, para a Itália dia 19 e para os demais países dia 31.
— As partes interessadas (clube e jogador) entendem que o melhor é continuar. Não vemos hoje uma perspectiva de saída. Claro, a não ser que surja um Barcelona, um Real Madrid, um Chelsea, um Manchester United, um City, um Bayern de Munique, como ocorreu com Arthur. Aí é exceção — destaca Gilmar.
O atual contrato irá perdurar até dezembro de 2020. Ao encaminhar a renovação, o Grêmio trata de obter maiores garantias quanto ao assédio de fora do país e também eleva o valor da multa rescisória. Para que ocorra o acerto, seria necessária uma significativa elevação do salário. Veloz evita dizer se há muita diferença entre o que é pedido pelo jogador e o oferecido pelo clube.
— O Grêmio está dando a valorização e respeitando o momento do atleta. É tudo muito tranquilo pela forma transparente como a negociação é feita. Para mim, não é surpresa a postura do presidente Romildo e seu pessoal. (A renovação) é questão de dias. É só colocar as coisas no papel — assegura.
Com a viagem dos dirigentes à Argentina, as tratativas, momentaneamente, ficam suspensas. Tudo indica que sejam retomadas na próxima semana. A partir de então, será um mero cumprimento de formalidade:
— Para nós, está tudo resolvido. O Grêmio é quem decide a hora de anunciar.
Apesar da tendência de renovação, Veloz deixa claro que o mercado está atento aos movimentos de Everton. É o que empresário diz constatar a cada viagem feita para fora do país. Como ocorreu durante os quase 30 dias em que esteve na Rússia, durante a Copa do Mundo.
— Everton é o atacante diferente no futebol brasileiro. Vai para dentro da área. Joga ao estilo Figo (ex-atacante de Real Madrid e Barcelona), quando tinha seus vinte e poucos anos. E é goleador, o seu grande diferencial. As informações sempre chegam ao Exterior. Jogador brasileiro sempre será vendido — ressalta.