Suspenso pelo terceiro cartão amarelo, André abre espaço para Jael no time do Grêmio para a partida contra o São Paulo, nesta quinta-feira (26), na Arena. Trata-se do reencontro do centroavante com um torcedor que passou a observá-lo com outros olhos a partir das últimas atuações na temporada passada.
Tudo teve início no jogo de ida da final da Libertadores, na Arena, contra o argentino Lanús. Jael, que havia entrado no segundo tempo no lugar de Lucas Barrios, preparou de cabeça a jogada que resultou no gol de Cícero, o da vitória.
Já nos Emirados Árabes, no jogo decisivo do Mundial de Clubes, contra o Real Madrid, boa parte dos gremistas torcia para que o centroavante de 1m86cm assumisse de vez a titularidade, o que não ocorreu.
Na atual temporada, mesmo com a concorrência de André, Jael exibe números positivos, os quais fez questão de valorizar na entrevista coletiva da véspera do jogo.
— Tenho 12 jogos como titular, marquei cinco gols e dei sete assistências. Vejo como positivo meu desempenho — disse.
Para Jael, a estatística seria ainda melhor se tivesse iniciado como titular um maior número de vezes.
— Não joguei 23 como titular. Uma coisa é jogar o tempo todo, outra é entrar 10, 15 minutos. Em 12 jogos como titular, participei de pelo menos 14 ou 15 gols. Minha avaliação é muito boa — reafirmou.
A chance de atuar chega a poucos dias da abertura do primeiro mata-mata de agosto. Dia 1º, o Grêmio abre contra o Flamengo a disputa pelas oitavas de final da Copa do Brasil. Jael, contudo, assegura que o foco do time é o Brasileirão.
— O próximo jogo é do Brasileirão. E o Grêmio não abre mão desta competição. Tanto que está trazendo jogadores, montou elenco para todas as disputas. Vamos nos doar, nos entregar no jogo — promete.
O jogo contra o São Paulo também representa a chance de uma reabilitação depois da apática atuação em São Januário, na derrota por 1 a 0 para o Vasco. Para Jael, Renato tentou tudo, colocando até cinco atacantes e nem assim a situação se inverteu dentro de campo. Não há, conforme o centroavante, razões para estranheza pelas duras cobranças feitas pelo treinador.
— Renato sempre cobra depois dos jogos. Conversa com a gente mesmo ganhando. Quando o time faz um jogo espetacular, tem alguma coisa para melhorar. A cobrança foi natural. Todos entenderam — afirmou, antes de prometer uma nova atitude. — Para este jogo, a postura vai ser diferente.