Após a derrota no clássico com o Vila Nova, pela Série B, o Goiás demitiu o técnico Hélio dos Anjos e anunciou ontem a contratação de Ney Franco para o seu lugar. Junto com o novo treinador, também chegam o auxiliar Rodney Borges e o preparador físico Alexandre Lopes.
Franco se apresentará ao clube goiano nesta quarta-feira, quando a delegação desembarca em Porto Alegre para o jogo de volta com o Grêmio pelas oitavas de final da Copa do Brasil. No entanto, a equipe será comandada pelo interino Augusto César, e o novo técnico assistirá a partida dos camarotes da Arena. A estreia de Franco ocorrerá sábado, contra o Fortaleza, pela Série B.
O técnico, que acumula passagens por grandes clubes como Flamengo e São Paulo, além da Seleção Brasileira sub-20, chega com a missão de levar o Goiás à primeira divisão em 2019, mas não espera tarefa fácil. Isso porque, nas quatro rodadas disputadas, o time foi derrotado três vezes e empatou uma, conquistando apenas um ponto, que lhe deixa na 18ª colocação.
Em entrevista concedida nesta segunda-feira, o presidente do Goiás, Marcelo Almeida e o gestor de futebol Túlio Lustusa, explicaram que apesar de radicais, as mudanças foram necessárias para que o clube possa reverter os resultados ruins obtidos no início do ano.
— Não vi falta de comprometimento. Percebi um time com medo, assustado. Não fiz o diagnóstico ainda. Fiz mudanças na comissão técnica. Mudamos peças da comissão técnica que faziam parte do grupo do Goiás. Quero deixar claro que não se trata de qualidade profissional. O futebol exige que mexidas mais radicais sejam tomadas. Infelizmente pessoas que talvez não precisavam sair tiveram que sair — disse Marcelo Almeida.
Na visão do presidente, os membros do clube pareciam estar em uma situação de conforto que não deve existir neste momento da disputa pelo retorno á primeira divisão.
— Quero deixar claro que acaba hoje a zona de conforto. Não vou admitir que essa zona de conforto exista fora e dentro de campo. É uma coisa que quero ir atrás. É uma crítica que muitas pessoas fazem. Eu também faço. Prometo aqui que acaba a zona de conforto no Goiás — afirmou o presidente.
Para Túlio Lustosa, é necessário que haja a união de todos dentro do clube por um trabalho de dedicação que livre o Goiás do período ruim.
— Zona de conforto é quando algumas pessoas estão fazendo talvez o trabalho burocraticamente sendo que poderia estar dando um pouco mais de energia, sobretudo nos momentos de dificuldade. É isso que pesa. Não podemos ter ninguém acomodado fazendo seu trabalho burocraticamente e achando que basta. No momento de dificuldade você tem que ter a superação de todos. Temos que ser mais veementes na cobrança.
Pela Série B, o Goiás volta aos gramados no próximo sábado, quando enfrenta o Fortaleza, às 19h, no Castelão.