Depois de um primeiro tempo um pouco mais equilibrado, a maior capacidade técnica do Grêmio se sobressaiu, logo no começo do segundo tempo, e o time encaminhou o título gaúcho de 2018, após golear o Brasil-Pel, na tarde deste domingo (1), na Arena, por 4 a 0, em uma partida de luxo de Jael e Everton.
Claro que, antes de comentar qualquer requisito técnico da partida, é preciso lembrar que a tarefa do Grêmio foi facilitada pela justa, na minha visão, expulsão de Éder Sciola, no fim do primeiro tempo, pela segunda falta em Luan. Aliás, a exemplo do primeiro Gre-Nal da semifinal do charmoso Gauchão, o revezamento de faltas em cima de um de nossos principais jogadores rolou solto.
Mas, de qualquer maneira, pela atuação do Brasil-Pel, que foi mais guerreira do que qualquer outra coisa, não acredito que o bravo time pelotense conseguisse um resultado muito diferente, caso o enfrentamento fosse 11 contra 11. A superioridade do Grêmio, mesmo que tenha tido alguns problemas no primeiro tempo para entrar na zaga do time de Pelotas, era nítida. O adversário veio com a proposta, muito justa, de levar um bom resultado para sua casa, o que eles, e nós sabíamos era bem difícil, vide a distância técnica entre as duas equipes.
No segundo tempo, com um a menos, o Brasil deu o pequeno espaço que o Grêmio precisava. Jael, em primorosa assistência, deixou Everton na cara do gol. Ao contrário de outras vezes, nas quais ele errava esse tipo de lance, o Cebolinha guardou nas redes, e abriu a porteira para a goleada. Depois, virou covardia. Se contra o Inter, um adversário maior, o Grêmio sobrou, contra o Brasil, era previsível que ficasse ainda mais fácil.
E foi o que vimos, com o gol de Alisson e com a pintura de jogada que envolveu Jael e Everton, no terceiro gol. No quarto, que enterrou de vez qualquer chance de recuperação do time pelotense no jogo de volta, Pitol acabou falhando, em chute de longe, de Ramiro.
Agora, com o título mais do que na mão, é hora de pensar no jogo desta quarta-feira (), pela Libertadores, contra o Monagas, o time mais fraco do grupo. Arrisco até, pós-goleada, a afirmar: temos que ir com força máxima contra o time venezuelano, para que venha a primeira vitória, e um misto quente no jogo de volta contra o Brasil, que será amistoso.