Há cinco anos meu jeito de assistir aos Gre-Nais mudou. Se antes era na arquibancada gelada do Olímpico ou na área de visitantes na superior do Beira-Rio, hoje com um microfone na mão preocupado com as informações e com tudo que está acontecendo em volta do maior clássico do Brasil. O que não mudou é o meu sentimento. Perdi as contas de a quantos Gre-Nais eu já assisti. Muitos me marcaram. Lembro direitinho da bicicleta do Paulo Nunes, os da época do Ronaldinho, tipo aquele do chapéu no Dunga ou da inauguração do telão no estádio deles. Foi engraçado.
Veio o Tite e o grande 3-5-2 com Tinga, Zinho e os Rodrigos coordenando o time em um baita 4 a 2. Lembro também, no Olímpico, o aniversário de 100 anos do Gre-Nal e do Maxi López, que nos deu a vitória. Foi 10 a 0 para começar e 2 a 1 naquele dia. Já mais recentemente, o Elano fez o gol da vitória antes da reforma do Beira-Rio pra Copa. Além do inesquecível e famoso Gre-Nal do Alán Ruiz. Em 15 minutos, ele esculhambou com o jogo. Grande Alan Ruiz! Mas a maior goleada dos clássicos de Brasileirão e do século 21 foi no dia 9 de agosto de 2015: 5 a 0.
Muitos acreditam que ali a chave virou. Ainda com Roger, o Grêmio encaminhou o time para os grandes títulos que vieram na sequência, como Copa do Brasil, Libertadores e a Recopa. O clássico pode até desarrumar a casa, mas já faz mais de dois anos que não sabemos o que é perder.