O Grêmio sofre no Gauchão. A derrota para o Veranópolis, neste sábado (17), deixou novamente o Tricolor na zona de rebaixamento. E o resultado é, na avaliação da direção tricolor, culpa do calendário do Estadual, que obrigou o time a usar um time reserva no Antônio David Farina. O executivo de futebol André Zanotta lamentou o pouco tempo de preparação que a equipe teve.
– É como o Renato falou: enquanto a gente tiver condições de classificar, a gente acredita. Somos gigantes. Cada adversário que vier dá o máximo. Somos penalizados por termos um ano de sucesso em 2017. Vários jogadores sem ritmo ideal, isso reflete no campo. É algo para ser pensado. O calendário brasileiro, não sei se ouviram o discurso do Dorival, mas preferem quantidade e não qualidade. Mesmo para quem voltou antes, é um absurdo e tem de ser repensado – disparou o dirigente.
Zanotta falou também sobre André, já que o atacante do Sport foi afastado pela direção do clube pernambucano. E garantiu que não há chance de o jogador ser contratado.
– Absolutamente nada, não existe nada com os agentes do André e com o Sport. Temos o Jael, situações burocráticas para anunciar o Hernane, e estamos satisfeitos com o elenco que está sendo montado. Nossa ida ao Mundial atrasou algumas coisas, mas a base foi mantida. Saímos do Gauchão na semifinal no ano passado e vocês sabem o que aconteceu. Gauchão não é muito parâmetro de qualidade, estaduais em geral. Quando chegar mais à frente, a qualidade vai ser diferente. No Grêmio, é difícil falar em elenco fechado. Estamos sempre abertos às oportunidades de mercado. Mas, neste momento, não há negociações em andamento.
O dirigente, por fim, pediu apoio da imprensa na discussão do calendário do futebol nacional. Zanotta voltou a reclamar da falta de tempo para se preparar para a temporada.
– Vocês têm um papel fundamental nisso, é uma discussão eterna que não cabe ficar debatendo a necessidade do Estadual. Pensar nos clubes pequenos... eu penso no Grêmio. A pouca pré-temporada vai prejudicar, com jogadores lesionados lá em setembro. Sei que isso tem sido debatido, é um ano atípico, mas por ser atípico é que tem de ser discutido. A gente têm conversado com a CBF, com a FGF, discutido entre os clubes. É uma luta ingrata. Os clubes têm de se unir, precisam ser unidos. São os clubes que têm poder, e se fossem unidos poderiam mexer no calendário. Mas, infelizmente, temos de aceitar isso – concluiu Zanotta.