Até esta terça-feira (2), deverá ser anunciado oficialmente o negócio envolvendo a saída do lateral Edílson para o Cruzeiro. No último dia de 2017, a direção tricolor encaminhou uma reviravolta na transação, escolhendo o meia Alisson para desembarcar na Arena. Ele vai assinar contrato por três anos e o Grêmio vai ter 30% dos seus direitos econômicos.
Em Belo Horizonte, Alisson acostumou-se a atuar pela esquerda, justamente no lugar ocupado por Fernandinho na campanha vitoriosa do Grêmio na Libertadores. Estreou como profissional em 2012, sendo repassado ao Vasco na temporada de 2013 e voltando ao Cruzeiro no mesmo ano. Virou titular do time mineiro em 2016. Em 2014, foi um dos destaques do título da Seleção no Torneio de Toulon, marcando dois gols.
Tem 24 anos e é considerado jogador de muita velocidade e movimentação, com qualidade para a armação do time. A conclusão a gol, no entanto, é apontada como um problema do meia.
— É um jogador que foi fundamental para a equipe no ano passado. Chega muito bem à frente, organiza o meio-campo e tem muita movimentação. Sem dúvida, seria uma perda para o Cruzeiro. Seu único defeito é a finalização. Perdia muitos gols e a torcida reclama muito disso por aqui — relata Junior Brasil, comentarista da Rádio Itatiaia.
Na temporada passada, Alisson fez 57 jogos e marcou 5 gols. Como Fernandinho está de saída — não acertou salários para ficar e negocia com o futebol chinês — a direção do Grêmio aposta no reforço que vem de Minas como substituto para a perda de um titular que está bem encaminhada.
O outro motivo da reviravolta é o atacante Sassá. Dado como certo na negociação envolvendo Edílson, o mau comportamento fora de campo e a lesão recente do jogador levaram a direção do Grêmio a buscar um novo caminho na troca com o Cruzeiro. Sassá não vem mais por empréstimo e o Cruzeiro deixará de repassar os R$ 3 milhões combinados inicialmente.