Depois da justa derrota para o melhor time do mundo, e um dos melhores da história, como mostram os seus números, é necessário que a torcida tenha certa calma ao analisar o que pode acontecer daqui pra frente, e o que aconteceu no jogo contra o Real Madrid, no sábado.
Em primeiro lugar, lembro o que já havia escrito aqui, inúmeras vezes: o Real é muito, mas muito superior ao Grêmio. Se Luan tivesse jogado mais, se Barrios tivesse feito seu papel, se Arthur estivesse em campo, o que aconteceria? Como diria o Guerrinha, o Grêmio ia perder correndo mais, e mais motivado. Só. Apenas isso. Poderíamos ter dificultado um pouco mais o jogo? Claro que sim. Mas, nada mudaria, o Real, que tem um jogador que vale 100 milhões de euros no banco (Bale), é imensamente superior a qualquer time brasileiro.
Aqui, um parêntese: é ridículo ler declarações de Rodrigo Pimpão, afirmando que o Botafogo, um dos times, e clubes, mais fracos do futebol brasileiro, que não ganha nada há mais de 20 anos, que vive do sucesso que teve nos anos 60, dizendo que o time carioca faria mais frente ao Real. A resposta para ele são os números de Grêmio e Fogão em 2017. Preciso citá-los aqui? Acho que não. Fecha parênteses.
Quanto ao futuro, embora sempre exista uma ponta de frustração, é evidente que não há terra arrasada. O Grêmio é superior a boa parte dos times brasileiros, o que é muito bom, nos deu um baita ano. Isso é suficiente para ganhar do Real? Não, e nunca será. A cada ano, o abismo entre os times europeus e brasileiros só aumenta. O Santos, com o craque Neymar, levou 4 x0 fácil, do Barcelona.
Evidentemente que nossas limitações ficaram escancaradas na final do Mundial de Clubes. Temos algumas coisas a ajustar, reforços a trazer, dispensas a fazer? Claro. Barrios teve uma atitude lamentável após o jogo. Fernandinho, com o atual salário, não pode ficar, jamais, ele é apenas um jogador médio. Mas são pontuais ajustes. A base é boa, temos jogadores diferenciados. Encerramos o ano "apenas" com o título da Libertadores e com o vice do Mundial de Clubes. Um dos melhores anos da história do Grêmio, sem dúvida.