Na véspera de um dos confrontos mais importantes da história mais que centenária do Grêmio, me atrevo a dizer: o grande jogo do Mundial de Clubes para o Tricolor, é amanhã, contra o Pachuca. Por alguns motivos básicos. O primeiro, e mais prático, é que precisamos vencer o time mexicano para chegar em uma histórica final contra, possivelmente, o Real Madrid, o clube dos clubes, o time dos times.
Segundo, para não deixar que a síndrome do Mazembe, algoz dos colorados em 2010, e do Raja Casablanca, algoz dos atleticanos em 2013, nos assombre. Terceiro, porque as nossas reais chances de qualquer coisa que não seja uma derrota honrosa, em uma possível final contra o Real, são ínfimas (mas existem, claro).
Real brincou de jogar futebol
No jogo de sábado, contra o Wydad Casablanca, o Pachuca não mostrou lá grandes coisas, teve mais volume de jogo, é verdade, e mostrou fôlego ao marcar um gol na prorrogação. Os mexicanos não me assustam, assim como o Lanús também não me assustava. A grande questão da partida entre o Grêmio e o Pachuca é que teremos que propor o jogo, situação em que nossa equipe apresenta algumas dificuldades. O desfalque de Arthur torna nosso desafio ainda maior. Aguardo com muita expectativa a partida, porque, em caso de vitória, tira todo o peso da estreia na semifinal, afasta o fantasma de um fiasco e nos coloca, sem dúvida, em outro patamar. E deixa a torcida mais relaxada, convenhamos.
Uma vitória sobre o Pachuca nos deixa na final e na confortável posição de franco-atiradores. O Real Madrid, aquele que "seria o pior da década" e que "está no fundo do poço", segundo o que andei lendo na crônica esportiva gaúcha, fez 5x0 no Sevilla, sábado, brincando de jogar bola, sem Bale e sem sua zaga titular. Já tinha jogado pro gasto e vencido o Borússia, na semana passada, o que mostra que eles estão bem longe do fundo do poço...
Então, a obrigação é toda deles. Ganhando nesta terça (rezemos para que aconteça), o que vier, é lucro. Chegando na final, mudamos de patamar em nossa história. Ou algum gremista esperava um fim de ano desses, enfrentando o maior clube da história do futebol e um dos maiores times da história? Não, claro que não. Como diria o Neymar, "que Deus nos abençoe e nos proteja no jogo de amanhã". Depois, a gente pensa no resto. E comemora até sábado, é claro.