É uma tarefa muito ingrata fazer a escolha de algum atleta que possa significar a representação do título da Libertadores. Aliás, não é possível, racional e emocionalmente, optar por alguém. Vou me esforçar, no entanto, para escolher um representante dos demais. Um que vai ser escolhido em nome de todos.
Estou optando por Marcelo Grohe. Um extraordinário goleiro e profissional de altíssimo nível, que amadureceu no gol gremista, cresceu assustadoramente de ano para ano, especialmente neste, promovendo defesas impensáveis. Mas poderia ter escolhido Edilson ou Luan, pela identificação com a nação tricolor, ou Léo Moura, que parece ter nascido no Grêmio e em Porto Alegre, ou então Kannemann e Geromel, gaúchos de coração. Enfim, vou parar por aqui para não cometer injustiças.
Marcelo Grohe ultrapassou todas as dificuldades que lhe apareceram com denodo e muito trabalho, não desanimando jamais. Teve caráter e personalidade fortes, capacidade técnica insuperável, agilidade, reflexo, dignidade e hombridade referenciais de excelência e altivez de quem sabe perder e ganhar.
A melhor dupla
Convivi muitos anos no Grêmio e sou testemunha das qualidades pessoais de Marcelo, além de todas as que já referi. Claro que deve muito ao professor Rogério Godoy, talvez o mais competente preparador de goleiros da atualidade. Juntos, formaram uma dupla inesquecível.
Em nome deste brilhante goleiro e seu treinador, cumprimento todos do futebol. Marcelo se criou no Grêmio, mas mostrou muito mais do que vínculos com sua origem. Mostrou profissionalismo de alto nível. Parabéns, grandes tricampeões.