Alguns detalhes ainda retardam a confirmação do dia da viagem do Grêmio para os Emirados Árabes, onde irá participar do Mundial de Clubes, com a chance de enfrentar o Real Madrid de Cristiano Ronaldo na final.
A viagem irá ocorrer na madrugada de 6 de dezembro, um tempo curto até o primeiro jogo, dia 12 de dezembro. Dificilmente haverá tempo para qualquer treinamento, já que o técnico Renato Portaluppi ganhará folga a partir desta quinta-feira e só irá retornar domingo do Rio.
Com entorse no tornozelo direito, sofrido na decisão contra o Lanús, o volante Arthur irá passar por exame.
— Por experiência própria, acho que não atrapalha para o Mundial — afirmou o jogador, eleito o melhor em campo na final.
Aos cinco minutos desta quinta-feira (30), sorriso escancarado e pleno de felicidade, Pedro Geromel, 32 anos, repetiu o gesto imortalizado em 1983, pelo uruguaio Hugo de León, e em 1995, por Adilson Batista, e ergueu, espremido pelos outros jogadores do Grêmio, o troféu mais cobiçado da América do Sul. Era o ponto final de uma trajetória iniciada em 9 de março, na Venezuela, com a vitória por 2 a 0 contra o Zamora. Por coincidência, um jogo do qual Geromel havia ficado fora, por lesão.
Em êxtase, 30 mil pessoas que haviam se concentrado na Arena assistiram às cenas pelo telão, uma imagem que se repetia na Avenida Goethe, local em que milhares de outros gremistas haviam se reunido.
Pouco depois, ajoelhados no gramado do La Fortaleza, os jogadores voltaram a se abraçar, desta vez para uma oração de agradecimento, enquanto uma bandeira do Rio Grande do Sul cobria parte do gramado, ao lado do troféu da Libertadores.
— Só nós sabemos o que passamos para ser campeões da América. Essa torcida merece. Todos nós merecemos — discursou o goleiro Marcelo Grohe, com uma faixa na testa. — Quero agradecer a cada crítico. Não tenho mágoa de ninguém. Quando pensava em desistir, muitas pessoas me colocavam para cima. Eu sonhava que desfilaríamos em carro de bombeiros em Porto Alegre.
Pouco depois, Grohe iniciaria uma volta olímpica, seguido de Jael e do argentino Kannemann, que havia ficado fora da decisão pelo terceiro cartão amarelo recebido no primeiro jogo.
— Não poderia ser melhor conquistar um título e ser eleito o melhor jogador da competição. Agradeço a todos os treinadores que passaram por aqui e foram importantes para mim _ festejou Luan, antes de tentar imaginar como estaria a Capital naquele momento. _ Deve estar tudo parado. Amanhã (nesta quinta-feira, 30), ninguém trabalha. Sexta, também não. Vamos emendar tudo.
Argentino naturalizado paraguaio, Lucas Barrios festejou a correta decisão tomada no início do ano, quando trocou o Palmeiras pelo clube pelo qual se tornaria campeã da Libertadores:
— É inexplicável isto. Sabíamos que seria difícil. Aqui é minha casa, minha família está aqui. Quando vim do Palmeiras, tinha objetivos e este era um. Estou muito feliz de deixar uma recordação muito boa para a torcida.
Expulso, Ramiro reclamou muito e, inconformado, custou a sair de campo. Depois, no meio da festa, deu razão ao árbitro:
— No instinto, dei um tapa no braço dele. Não sabia que era o juiz. Foi no fim, acho que não atrapalhei muito o time.
O voo fretado da delegação tem chegada na Capital prevista para 6h desta quinta-feira. Uma carreata, a partir do desembarque, percorrerá ruas da Capital, com início na Avenida Sertório, em direção à Farrapos, até chegar ao centro. De lá, o trajeto seguirá pela Julio de Castilhos, passando outra vez pela Farrapos. Os carros, então, acessarão a AJ Renner, seguindo pela Dona Teodora para, enfim, via Voluntários da Pátria, chegarem à Arena, que terá seus portões abertos às 10h para a entrada dos torcedores. Às 11h, enfim, os tricampeões da Libertadores finalmente entrarão na Arena.