Em entrevista ao Gaúcha Atualidade na manhã desta quarta-feira, o deputado federal Danrlei, campeão da Libertadores da América com o Grêmio em 1995, falou sobre a grande decisão desta noite, em La Fortaleza, na Argentina. O ex-goleiro gremista que tem experiência em finais com a equipe Tricolor, principalmente na decisão contra o Atlético Nacional de Medellín, da Colômbia, que deu o bicampeonato da competição continental para o Grêmio. Danrlei também comentou sobre a importância de atacar o Lanús e do crescimento de Marcelo Grohe durante a competição. Confira o que ele disse:
Sobre a final da Libertadores
Tentarei voltar a 1995 quando estávamos em Medellín. Não era contra Boca e River. Hoje é contra um time argentino, sempre é difícil. Sabemos da rivalidade que existe entre brasileiros e Argentinos. Logo após a morte de Pablo Escobar, a cidade fervia. Tivemos muitos militares ao nosso redor. Inclusive dentro do nosso ônibus. Era uma pressão que nos impressionou bastante. Tirando isso, o atleta está sempre muito concentrado. O que não pode acontecer é o salto alto. E a gente, observando as entrevistas dos jogadores do Grêmio, todos estão na mesma linha. O time está muito focado e concentrado. O Renato não deixou ninguém desperdiçar. Ele conseguiu segurar o grupo. Assim como o Felipão fez em 1995, até quem não joga está focado. Se sente parte do grupo.
Preocupações com o duelo desta noite
O que me preocupa é que lá também tem 11 jogadores. É libertadores. Não existe fácil e difícil. É final. Não existe final fácil. Não é que na argentina seja mais difícil. Nós temos um respeito pelo futebol argentino porque eles jogam um futebol em um mesmo nível que a gente. Tem que respeitar mesmo. Eles são nossos maiores rivais no futebol. Por quê? Por que também tem grandes jogadores. E é por isso que tem que ter cuidado e a dificuldade de jogar na argentina. Por que eles sabem jogar. A catimba, eles jogam em cima do árbitro. Eles falam a mesma língua que os árbitro. é muito mais fácil fazer a cobrança. O próprio árbitro fica mais tranquilo quando conversam ou cobram ele na mesma língua.
Se pegarmos time por time, o time do Grêmio é melhor. Se mostrou melhor durante toda a competição. O que me preocupa é o conjunto e a forma em que eles jogam
DANRLEI
Ex-goleiro do Grêmio
Pontos fortes do Lanús
Não há um jogador em destaque no Lanús. Se pegarmos time por time, o time do Grêmio é melhor. Se mostrou melhor durante toda a competição. O que me preocupa é o conjunto e a forma em que eles jogam. Outra coisa é a postura que eles tem quando jogam em casa. Se jogar como jogou contra o Grêmio na Arena, eu acredito que o Grêmio será campeão. Se jogarem como eles têm jogado em La Fortaleza, o jogo pode ser mais complicado do que se pensa.
Salto alto do Grêmio
Eu não acredito em salto alto. Eu lembro em 2007 quando o Grêmio perdeu por 3 a 0 para o Boca Juniors, no primeiro jogo, e a torcida do Grêmio estava tão eufórica que parecia que na volta seríamos campeões. Pelo o que eu conheço do grupo, essa euforia que existe hoje, não entrará para o vestiário do Grêmio. A torcida gremista já é a mais fanática que existe. Já são enlouquecidos. Em uma final de Libertadores que é a principal obsessão do torcedor do Grêmio, não há como não estar eufórico. Mas o atleta, e eu vejo isso dentro do Grêmio, eles estão muito fechados e focados.
O Grêmio precisa atacar. Se entrar segurando a vantagem, pensando que o 1 a 0 vai garantir o título, acabou
DANRLEI
Ex-goleiro do Grêmio
Sobre a postura do Grêmio no jogo
O Grêmio precisa atacar. Se entrar segurando a vantagem, pensando que o 1 a 0 vai garantir o título, acabou. O Grêmio para jogar o futebol que apresentou durante o ano inteiro, precisa da bola no pé. O Grêmio precisa jogar com a bola no pé.
Confiança em Marcelo Grohe
O momento do Marcelo e tudo que está acontecendo e o crescimento dele durante a competição, já traz uma tranquilidade para o restante da equipe. Na hora do jogo, não precisa falar mais nada. Não precisa de preleção, o s jogadores apenas se olham e já sabem se o atleta está confiante e pronto para jogar. Eles treinam juntos e se conhecem. Isso ajuda ainda mais para que um confie no outro.
Confira a entrevista completa em vídeo