Os desfalques que o Grêmio teve no jogo desta quarta (11), contra o Cruzeiro, não justificam mais uma péssima atuação do time, castigando o torcedor que enfrentou a chuva que alagou o entorno da Arena com mais uma derrota. A justificativa de Renato, de que alguns jogadores estavam com a cabeça no jogo da Libertadores, no distante 25 de outubro, não cola. E aqui fala um grande defensor do técnico, que teve muitos acertos desde que chegou ao Grêmio, em 2016.
Porém, por incrível que pareça, a parada de 10 dias deixou o time pior do que estava. É bem verdade que a mecânica de jogo sofreu uma ruptura séria com a venda de Pedro Rocha, que não tem reposição à altura. Nesse espaço, eu cansei de escrever: o Grêmio só estava tendo atuações de encher os olhos por causa do numeroso e qualificado grupo montado pela direção.
Quando ele é desmontado, acontece o que estamos vendo. Não precisa ser nenhum gênio em futebol para saber que Fernandinho nada mais é que um bom reserva, que pode entrar no segundo tempo e mudar um jogo, sim. Mas, jamais, será um titular absoluto, incontestável, que entre no jogo desde o começo e resolva.
Na derrota desta quarta, injustificável, na minha visão, isso se comprovou, mais uma vez. Fernandinho chegou ao ponto de irritar a torcida. Mas não foi só ele. Geromel, de atuações quase perfeitas, falhou no gol de Rafael Sobis, Tudo bem, não culparemos jamais Geromel pela derrota, ele que tanto nos salvou. Mas, na atual situação, toda a engrenagem do Grêmio está comprometida. Não podemos jogar toda a responsabilidade nas costas de Luan, principalmente, e de Cícero, que chega cercado de expectativa, e que vem se destacando nos treinamentos.
Porém, depois de mais um fiasco, é o que nos resta: rezar para que Luan volte com tudo, assuma o protagonismo que sua qualidade lhe confere e torcer para Cícero chegue "comendo" a bola. É a nossa esperança para terminar um ano de 2017 por cima, com o título da Libertadores. Caso contrário, será apenas um ano de grandes fiascos, nada mais do que isso.