Na véspera do jogo que vale uma vaga na decisão da Libertadores, Renato Portaluppi reforçou o discurso de cautela e manteve a dúvida quanto a Jailson ou Michel como volante ao lado de Arthur. O técnico, que irá se igualar a Tite como o que mais comandou o Grêmio em jogos de Libertadores - serão 22 partidas para cada um, contra 20 de Luiz Felipe Scolari -, também lamentou os problemas de logística enfrentados pelo Barcelona-EQU e convocou a torcida a exercer a mesma pressão enfrentada pelo Grêmio dia 25 de outubro, no jogo de ida, em Guayaquil.
— O que me deixa feliz é que os dois (Jailson e Michel) estão muito bem — disse Renato, peguntado se já havia definido qual será o primeiro volante. — São jogadores parecidos, saem para o jogo. Michel tem bola aérea melhor e bola longa. Jailson tem mais velocidade.
Ao ressaltar a necessidade de respeito ao Barcelona, o técnico admitiu que não esperava ter voltado do Equador com uma vantagem tão elástica. Disse que o Grêmio foi "mortal" e acentuou sua preocupação com Jonatan Álvez, que ocupará o lugar de Ariel e tornará mais rápido o ataque do adversário.
— Temos milhões de exemplos no futebol (de vantagens revertidas). Vamos usar a vantagem só lá no final, se isso for necessário. Antes, é como se fosse zero a zero — afirmou.
A dificuldade enfrentada pelo time do Equador para chegar a Porto Alegre motivou o treinador a fazer um elogio ao trabalho de logística montado pelo Grêmio na semana passada. Renato disse que se sentia triste pelos problemas vividos por colegas de profissão. E voltou a ressaltar que a partida apresentará dificuldades maiores do que a torcida possa supor.
— O Barcelona continua tendo o nosso respeito. Como vencemos lá, eles podem nos vencer aqui. Muita gente acha que isso é dito da boca para fora, mas não é. Esse oba-oba não chega ao vestiário — garantiu.
O Grêmio deverá atuar com Marcelo Grohe; Edilson, Geromel, Kannemann e Bruno Cortez; Jailson (Michel) e Arthur; Ramiro, Luan e Fernandinho; Lucas Barrios.