
Os gremistas devem estar contando os dias. Agora, faltam só 17 para o Grêmio encontrar o Barcelona-EQU no primeiro jogo das semifinais da Libertadores. Mas o que espera o time de Renato em Guayaquil? Que Barcelona é esse que já deixou pelo caminho gigantes como Palmeiras e Santos? Veja a seguir algumas das principais características do time comandado por Guillermo Almada.
O time

Gosto pelo contra-ataque
O Barcelona-EQU, ao contrário do Grêmio, não trabalha a bola com longas trocas de passe. Prefere ser mais direto e vertical. Por isso, o contra-ataque é sua arma mais poderosa.
Os números mostram: na Libertadores, os equatorianos têm média de apenas 262,5 passes trocados por partida. A média do Grêmio é de 373,5.
Em um raro jogo em que teve de buscar o ataque e pressionar um adversário que se fechou atrás, o Barcelona mostrou sua falta de repertório para vencer esse cenário. Contra o Santos, no empate em 1 a 1 do jogo de ida, em Guayaquil, viu-se em apuros para encontrar espaços. O resultado: incríveis 45 cruzamentos tentados, praticamente um a cada dois minutos de jogo.
Saída pela esquerda
Se o Barcelona-EQU sofre para propor o jogo, não tem problemas para aproveitar o espaço deixado por um adversário que o ataca. As jogadas pelos lados do campo têm de merecer atenção especial do Grêmio.
O lado esquerdo é ainda mais perigoso. Com o veloz e driblador Marcos Caicedo, o contragolpe torna-se letal. Ele tem parceria afinada com o artilheiro Jonatan Álvez, finalizador preciso que é artilheiro do time na competição, com cinco gols. Álvez é desfalque para a primeira partida e deve ser substituído por Ariel, ex-Inter. O desfalque deve ser sentido pelos equatorianos, já que o time tende a perder muito em mobilidade.
Ídolo e comandante da saída de bola
O veterano Matias Oyola, argentino naturalizado equatoriano, é o capitão e ídolo maior do Barcelona-EQU. Aos 34 anos, chegou ao clube em 2009. O baixinho costuma iniciar as jogadas de contragolpe com seus passes longos e precisos. Outro com boa visão de jogo e capacidade de articulação é Damián Díaz, que atua mais à frente, como meia.
Pressão para forçar o erro de passe
Se Oyola tem qualidade técnica para iniciar as jogadas do Barcelona-EQU, o mesmo não se pode dizer de Oswaldo Minda, que deve atuar como volante ao lado do capitão.
O veterano de 34 anos atua mais posicionado e tem alguma dificuldade para dar bom andamento às jogadas. Se o Grêmio pressionar a saída de bola, pode forçar algum erro de passe do primeiro homem do meio-campo equatoriano.