Nem é opinião, é estatística: quando Renato preserva todos os titulares e manda o time de transição para o jogo, o Tricolor perde. Foi assim contra o Sport, contra o Palmeiras, pelo Brasileirão, e contra o Cruzeiro, pela Primeira Liga. A honrosa exceção se deu contra o Atlético-PR, em casa, quando empatamos em 0 a 0.
Por outro lado, quando ele faz uma mescla de titulares e reservas, como nas partidas contra o Atlético-MG e contra o Atlético-GO, o resultado é bem melhor – vencemos as duas. Tudo bem, concordo com a atitude de Renato em algumas partidas, quando poupa todo o time e até reservas. Muitas vezes, está muito perto de um jogo decisivo, tem o deslocamento para a partida seguinte, toda aquela coisa. Mas, para o jogo deste sábado (9), contra o Vasco, não vejo muita justificativa para uma escalação tão descaracterizada.
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Primeiro, porque o jogo seguinte, decisivo, é contra o Botafogo, e o Grêmio segue no Rio, concentrado. A distância entre um e outro é razoável – de sábado para quarta. E essa partida contra o Vasco, especificamente, pode nos dar uma ideia de que papel teremos nos jogos que restam do Brasileirão. Eu sei, o caro leitor pode argumentar que ingressamos na 23ª rodada, faltando 15 jogos para o fim do Brasileirão. Mas, se deixarmos (mais) essa oportunidade passar, teremos um jogo a menos, nos restarão 14. E os mesmos sete pontos de diferença – supondo que o Grêmio perca e o Corinthians também.
Mas, acredito que Renato mandará um time razoável para o jogo, que pode nos dar esperança de baixar a diferença para o líder. Com a eliminação da Copa do Brasil e da Primeira Liga, convenhamos, nossa tabela está bem mais normal, ainda mais dentro da realidade brasileira. No momento, não tenho tanta confiança de que a Libertadores seja a barbada que alguns pintam. E temos um espaço na tabela. Enquanto essa dúvida persistir, seria interessante que o Grêmio desse seu máximo. Nas duas competições.
* ZH Esportes