Sabíamos de todas as dificuldades que enfrentaríamos na noite desta quarta-feira. Muito mais pelo momento difícil que o Grêmio vive, pelas saídas de nomes importantes e pela ausência de Luan, do que propriamente pelas qualidades do Botafogo. Após escrever neste espaço que o time do Botafogo era ruim, recebi inúmeras manifestações, algumas bem agressivas, por sinal, contestando a análise, dizendo que eu estaria motivando o Botafogo, e todo aquele bla bla. Obviamente, os jogadores do Botafogo não precisam de motivação extra para vencer o Grêmio e avançar na Libertadores. Por si só, mais os excelentes salários que os atletas cariocas ganham em seu clube, já os motiva por completo.
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Renato comemora classificação e sonha com o Tri: "Quero terminar o ano com mais uma faixa no peito"
E, no jogo desta quarta, que nos deu a classificação, as limitações do time carioca ficaram escancaradas, mais uma vez, a exemplo da partida de ida. Até entendo a revolta da torcida com o texto que escrevi, mas acredito que era muito mais medo de perder para um time inferior, como o Botafogo, e terminar o ano sem título, do que propriamente uma discordância dos conceitos que escrevi. Voltando ao jogo desta noite, enfrentamos muitas dificuldades para chegar no gol adversário, mais uma vez. Renato errou ao escalar Léo Moura, mas se deu conta rapidamente do erro (um baita mérito, aliás), e retirou Léo, ainda no primeiro tempo. No intervalo, veio aquela sensação de que o primeiro tempo poderia, facilmente, ter terminado 2x1 para o time carioca. Não terminou, afirmo novamente, pela falta de qualidade dos cariocas.
No segundo, resolvemos ao estilo Grêmio anos 90. Com uma baita cobrança de falta de Edilson (que lembrou a precisão de Arce) e um gol de cabeça de Barrios, ao estilo Jardel. Depois, foi só segurar o jogo, com uma dose de emoção, e garantir a histórica classificação para a semifinal.
Agora, Renato terá cerca de um mês para recuperar Luan plenamente, treinar e tentar fazer que o Grêmio seja o time encaixado que encantou o Brasil até meados de agosto. Acredito que temos time para vencer a Liberta, mesmo com as saídas de Pedro Rocha e Bolaños. Faltam quatro jogos para o Tri!