Responsável pela aproximação entre Grêmio e Spartak-RUS, o empresário gaúcho Gilmar Veloz acredita que os dois clubes podem chegar a um acordo sobre Luan. Resta como obstáculo para o fechamento do negócio o acerto entre os russos e os detentores dos restantes 30% dos direitos do jogador, entre eles o empresário Jair Peixoto, que está em Moscou para encaminhar a venda.
Veloz retorna nesta terça-feira ao Brasil, depois de ter passado os últimos 20 dias na Europa. Dois dias desse roteiro foram em Moscou, onde foi informado pela direção do Spartak de que o clube busca um novo atacante. Entre os nomes sugeridos pelo empresário e recusados pelo Spartak pelo alto custo estava Niang, do Milan. A sugestão seguinte foi Luan. Interessado, o Spartak autorizou Veloz a descobrir o preço junto ao Grêmio.
– A partir de agora, quem define é o empresário do jogador. O problema não seria o Grêmio. A parte deles se resolve – disse Veloz a Zero Hora.
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Ainda que dê preferência a um atacante já com experiência em Liga dos Campeões, o Spartak concorda em pagar o que o Grêmio exige por seus 70%, o equivalente a 20 milhões de euros (R$ 73,8 milhões). Jair Peixoto permanece em Moscou para definir de que forma será feito o ressarcimento aos investidores - além dele, possuem percentual o empresário Celso Rigo e a empresa K 2.
O negócio também exige alguma urgência para ser fechado. Tudo porque a janela de transferências se fecha no dia 31, data de Brasil e Equador, jogo para o qual é praticamente certa a convocação de Luan. O acerto, por questões burocráticas e de viagem do jogador para exames médicos, precisaria ser fechado antes.
Veloz não acredita que o clube comprador, seja ele qual for, concorde com a permanência de Luan até o final do ano. Como se trata de um jogador que já completou 24 anos, a ideia do comprador é utilizá-lo o quanto antes.
– Quem compra, leva – afirma.
Em janeiro, Gilmar Veloz estreitou sua relação com o Spartak ao negociar o centroavante Luiz Adriano, que estava no Milan. Em maio, o ex-jogador do Inter participou da conquista do campeonato russo, o que não ocorria havia 16 anos. O caso de Luiz Adriano deixa bem claras as pretensões do Spartak. Ao ser contratado, já havia atuado por oito anos na Ucrânia e um ano e meio na Itália. Sobra para ele, portanto, a experiência internacional que falta a Luan.
– Ao contratar jogadores assim, os clubes europeus veem reduzido risco de adaptação – observa Veloz.
Luan, ainda assim, conforme o empresário, desfruta de cartaz na Rússia, onde as competições brasileiras são acompanhadas com atenção.
– Os treinadores são criteriosos. Querem detalhes sobre o número de passes, quantos quilômetros o jogador andou. Apesar do fuso horário, assistem a todos os jogos do Brasil – diz.
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