Obrigado. Essa é a única palavra possível ser dita ao menino que assombrou o Brasil, em novembro do ano passado. Pedro Rocha conquistou, de fato e por direito, o coração da torcida do Grêmio.
Alguns, mais céticos, demoraram a entender o futebol do guri nascido em Vila Velha. Por muitos anos (15, para ser mais preciso) o Grêmio bateu na trave. Vieram muitos jogadores, que entregaram tão pouco, e caíram nas graças da torcida. Pedro Rocha, um trabalhador assumido. Ouvia as críticas calado. Trabalhava. Fazia gols. Não convencia alguns. Trabalhava mais. Dava assistências precisas. Auxiliava a marcação. Peça vital. E é isso o que mais admiramos em jogadores que vestem a camiseta do Grêmio. Juventude, impetuosidade, dedicacação. Um predestinado.
No Mineirão, após dois gols e uma expulsão injusta, a glória. Pedro Rocha entrava de vez para a memória afetiva dos torcedores do Grêmio, passando a ser um dos jogadores mais importantes da história do clube. Ganhou título de herói. De anjo. O Anjo Negro do Mineirão. Coube a ele libertar a agonia de mais de seis milhões de pessoas.
Pedro Rocha vai embora. Deixa um vazio. Não somente pelo que representa no esquema tático do Grêmio. Mais do que isso, PR32, como ficou consagrado, integrou família, clube e torcida. Foi solidário. Fez a diferença. E para isso vivemos. Para mudar a vida das pessoas. E Pedro Rocha mudou a vida de muita gente. Inclusive a dele. Que seja feliz. É o desejo de um PedroRochista assumido. Desde o início. Até o fim.