Acabou no Mineirão que tanto marcou a nova trajetória do Grêmio o sonho do hexa da Copa do Brasil. E com dois antigos problemas da equipe. No tempo normal, a bola aérea mineira venceu a zaga gaúcha, gerando o mesmo 1 a 0 da partida de ida. E nos pênaltis, três erros tricolores comprometeram a classificação para a decisão. O 3 a 2 garantiu a equipe de Mano Menezes na final, diante do Flamengo.
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As penalidades máximas, aliás, comprometem a temporada da equipe de Renato Portaluppi. Em 2017, foram 27 cobranças e só 16 acertos. Além disso, atrapalharam em momentos decisivos, como as semifinais do Gauchão e da Copa do Brasil e o confronto direto com o líder Corinthians no Brasileirão. Luan, por sinal, bateu sete vezes e desperdiçou quatro.
– Ano passado, os pênaltis nos deram alegria contra o Atlético-PR, e, neste ano, não – analisou o lateral-direito Edilson, que também errou seu chute.
Renato Portaluppi afirmou que as falhas dos pênaltis não são por falta de treino:
– A minha parte, com meu grupo a gente faz. A gente treina, treina, treina. Mas a bola tem que entrar. Ainda brinquei com eles: "se não querem sofrer, não levem para os pênaltis". Levamos e não fomos felizes.
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De parte da direção, o discurso foi de minimizar a eliminação e virar o foco para a Libertadores.
– Eu tinha um receio profundo de passar à final e jogar várias partidas eliminatórias seguidas. Nesse cenário, terminar setembro em terceiro, quarto, quinto lugar, já seria lucro. Praticamente ficaríamos fora de qualquer jogo no Campeonato Brasileiro. Agora, se recupera de certa forma nossa perspectiva no Brasileirão – disse o presidente Romildo Bolzan Jr.
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Sobre os 90 minutos, Renato lamentou a chance perdida por Barrios aos quatro minutos, que poderia ter tranquilizado o time e, quem sabe, até encaminhado a vaga. Na visão do treinador, até marcar o gol, o Cruzeiro pouco ameaçava. Depois, até criou oportunidades, mas nenhum dos dois teve chances.
– Temos de tirar algumas lições, especialmente a de não deixar de matar na hora que tem de matar. Criar uma condição de ser mais definidores. Foi um jogo difícil. Cruzeiro e Grêmio jogam exatamente iguais, se neutralizam. Não tiveram muitas chances. Quando se tem a chance de matar, que se mate – comentou o presidente.
Com a folga no calendário, o Grêmio terá praticamente 10 dias de descanso, já que não terá rodada do Brasileirão (a Arena receberá adequações para o jogo da Seleção contra o Equador). No meio da semana que vem, a partida, de novo contra o Cruzeiro no Mineirão, é pela Primeira Liga, que deverá ter time reserva. Por isso, o próximo compromisso, pelo campeonato nacional é só no sábado, 2 de setembro. E o Grêmio voltará a priorizar a competição:
– O Grêmio nunca deu as costas para o Brasileirão. Enquanto tiver chances, vamos jogando. É impossível jogar sempre com a mesma equipe. O planejamento não vai mudar. Hoje estamos tristes, é normal. Mas vamos levantar a cabeça. Lutamos e batalhamos, não chegamos a uma final. A partir de segunda-feira vamos levantar a cabeça. Temos duas competições ainda: Libertadores e Brasileirão. Vamos seguir correndo atrás. Jogar com uma equipe só todas as competições era impossível, Sempre que der vamos jogar com a equipe principal. Na véspera da Libertadores, vamos poupar – prometeu Renato.
O pensamento será de reerguer o grupo, com base nas palavras de Marcelo Grohe:
– Quem sabe não tem alguma coisa melhor reservada para nós...